Marlúcia Cândida se solidariza com mulher que perdeu a filha vítima de espancamento

A primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, visitou a dona de casa Maria das Dores da Silva (1ª à esquerda), que teve a filha de apenas 5 anos brutalmente assassinada (Foto: Pedro Paulo)

A primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, visitou a dona de casa Maria das Dores da Silva (1ª à esquerda), que teve a filha de apenas 5 anos brutalmente assassinada (Foto: Pedro Paulo)

Nesta quinta-feira, 30, a primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, acompanhada dos secretários Emylson Farias, da Polícia Civil, Concita Maia, de Políticas para Mulheres, e da secretária adjunta de Comunicação, Andréa Zílio, visitou a dona de casa Maria das Dores Souza da Silva, 24, que teve a filha Maria Clara Souza da Silva, de 5 anos, assassinada por bordoadas. O crime ocorreu no dia 13 deste mês, no bairro Ipepacunha, em Tarauacá.

A garota ainda chegou a ser hospitalizada na unidade de saúde da cidade e transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança no dia 19, mas morreu no último dia 25. O laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) revela que a Maria Clara morreu em decorrência de edema cerebral e traumatismo crânio-cefálico.

No hospital também foram constatadas lesões internas em órgãos vitais da criança, entre os quais o pulmão. O autor do crime teria sido Francisco Nilo, 50, também conhecido por Danilo Santana, preso pela Polícia Civil na quarta-feira, 29. As agressões teriam sido praticadas porque a menina teria se negado em pegar um gato que andava pelo quintal do acusado.

“O Estado está solidário à senhora. Como mãe, compreendo sua dor e posso assegurar que vamos lutar para assegurar-lhe os direitos de cidadã, respeitando as leis vigentes em nosso país. O secretário Emylson Farias fez questão de acompanhar in loco as providências por parte da polícia”, destacou Marlúcia Cândida.

A primeira-dama disse também que o secretário Antônio Torres, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), já manifestou sua preocupação e vai enviar uma equipe para prestar assistência à família de Maria das Dores, que pediu a separação do companheiro, que é enteado do acusado de esmurrar Maria Clara. A primeira-dama defendeu a participação da Secretaria de Pequenos Negócios na capacitação de Maria das Dores para obter sua própria renda.

“Eu queria muito minha filha de volta, mas sei que não posso. Ele a matou por causa de um gato", disse Maria das Dores (Foto: Pedro Paulo)

“Eu queria muito minha filha de volta, mas sei que não posso. Ele a matou por causa de um gato”, disse Maria das Dores (Foto: Pedro Paulo)

Concita Maia afirmou que a Secretaria da Mulher vai atuar de forma intensa para amenizar o sofrimento da família. O delegado-geral da Polícia Civil, Emylson Farias, assegurou que a polícia vai trabalhar de forma incessante no caso e assim garantir os direitos previstos em lei.

“Eu queria muito minha filha de volta, mas sei que não posso. Ele a matou por causa de um gato. Dói saber que ela queria tanto estudar, e por não haver escola perto da colônia que morávamos eu deixei ela ir para casa do assassino. Quando me avisaram, já fazia três dias que ela sofria com febre e vômito, já estava morrendo sem que eu nada pudesse fazer”, contou, chorando, Maria das Dores, justificando os motivos pelos quais deixou a filha na casa de Francisco Nilo.

Marlúcia Cândida reuniu-se também com um grupo de mulheres da cidade que atua na defesa da vida. Em um encontro de solidariedade, elas conversaram sobre o fortalecimento de campanhas preventivas e de conscientização à população. Em clima de indignação, o compromisso firmado entre as mulheres para continuar atuando “em prol da vida em amor”.

A comitiva da primeira-dama ainda realizou visitas à Irmã Neuda, que dirige a Casa Nazaré (instituição de caridade ligada à Igreja Católica), que há vários anos presta serviços para a comunidade carente da região. O centro de filantropia está localizado no bairro Senador Pompeu, no bairro da Praia. Aos 84 anos, a Irmã Neuda afirma que suas forças se renovam a cada dia, sempre que consegue ajudar o próximo. Ela agradeceu a presença de Marlúcia Cândida e dos secretários, que lhe prestaram solidariedade pela afronta política que sofreu, e diz que só pensa em ajudar quem precisa.

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