Iniciados os preparativos para o III Cinema de Fronteira

Entre os dias 19 e 25 de novembro acontece em Rio Branco um dos eventos mais esperados pelos cinéfilos de plantão: o Festival Internacional de Audiovisual Pachamama – Cinema de Fronteira, que em sua III edição promete novidades.

Em um mundo globalizado onde os diversos países cada vez mais acentuam suas relações de troca, sejam elas políticas, artísticas, religiosas ou culturais, o cinema surge como uma eficaz ferramenta de discussão em meio às especificidades características de cada grupo social. De forma lúdica a “sétima arte” busca aprofundar os mais variados temas por meio das múltiplas similaridade e diferenças existentes não apenas entre seus personagens, mas entre seus realizadores.

Dentro desse contexto, o Pachamama – Cinema de Fronteira caminha para sua III edição dando continuidade a um trabalho que começou em 2010 na cidade de Rio Branco e que hoje alcança visibilidade internacional. Inicialmente limitou-se a promover o fortalecimento e a divulgação da produção local. No entanto em 2011 deu um passo à frente promovendo o intercâmbio cultural entre Brasil, Peru e Bolívia. Para este ano expande sua proposta estendendo o espaço aos demais países latinos, fortalecendo assim o diálogo cultural entre eles.

Em maio o festival fez sua primeira edição itinerante em Cusco, no Peru. Em junho participou do Bolívia Lab, junto a festivais de renome como o de Toulouse, na França, o de Valdívia, no Chile e o de Buenos Aires. De acordo com o diretor Sérgio Carvalho a mais nova versão do evento pretende, através dessa integração, trazer à tona novas e antigas discussões sobre o papel do cinema como formador de opinião a partir da diversidade de olhares.

“Com a III edição do Pachamama vamos dar continuidade aos fóruns iniciados ainda em 2010, que tratam a respeito da minimização dos impactos sociais e ambientais, consequentes das mega obras estruturantes que estão sendo realizadas na região, como a estrada do Pacífico e as hidroelétricas do Rio Madeira”, diz Carvalho. Para ele o objetivo é buscar alternativas, evitando que as trocas entre os países não sejam meramente comerciais, “que a estrada do Pacífico não se torne apenas um corredor de mercadorias e que estejamos preparados para as trocas culturais que deverão ocorrer”.

A programação do III Cinema de Fronteira conta, além da Mostra Latino Americana de curtas e longas metragens, com exibições especiais em homenagem aos cinemas acreano e brasileiro, mesa de integração cultural, oficinas de produção audiovisual e obviamente a III Noite Latina.

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