Em muitos casos, para a elucidação de um crime, a Segurança Pública conta com atores que, às vezes, são desconhecidos pela sociedade. Mas realizam um trabalho essencial para a elucidação de crimes: os peritos criminais e papiloscopistas.
O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) é especializado em produzir a prova técnica ou pericial, por meio da análise de vestígios produzidos e deixados na cena de um crime. Ela também edita normas e ações conjuntas e realiza políticas de atendimento à população.
No Acre, o órgão é subordinado à Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPC). “Em média, o DPTC elabora 18 mil peças periciais ao ano, 1,5 mil laudos criminais e cinco mil emissões de Registro Geral [RG] por mês”, explica o diretor-geral do DPTC, Haley Vilas Boas.
Vilas Boas diz ainda que o órgão atua em mais de trinta áreas, por meio de quatro núcleos: Instituto de Criminalística (IC), Instituto Médico-Legal (IML), Instituto de Identificação (II) e Instituto de Análises Forenses (IAF).
“Atualmente, o Estado possui 26 peritos criminais, porém, em 2015, o governo realizou concurso público para a contratação de mais 15 profissionais, que já estão em processo seletivo”, explica o diretor-geral.
Como atua um perito
As perícias podem ser realizadas em diversas situações. O IC, por exemplo, atua em ocorrências de trânsito, quando há mortes, vítimas com ferimentos ou envolvendo veículos oficiais, crimes contra o patrimônio, ambientais e locais de morte, além de trabalhos que são analisados em laboratórios, como balística, documentoscopia, informática forense e outros.
Já o IML trabalha com necropsia, exames de lesão corporal e sexual, psiquiatria forense e Seguro DPVAT. E o IAF trabalha em vestígios biológicos e química forense, como análises de entorpecentes, por exemplo. Por fim, o Instituto de Identificação é responsável pela emissão de RGs, retratos-falados, identificação criminal, antecedentes criminais e coleta de digitais em locais de crime.
Preservando o local de um crime
Os peritos ressaltam que é essencial que a população, ao se deparar com uma cena de crime, não toque em nada que está ao redor de um corpo, de uma casa ou comércio que foi violado, pois cada detalhe é fundamental para a elucidação do crime e identificação dos autores do ato criminoso.