Investimento na cadeia produtiva do leite impede desabastecimento no Alto Acre

Cerca de trinta cooperativas e associações produtoras estão sendo beneficiadas graças a estruturação da cadeia produtiva do leite (Foto: Assessoria Seaprof)

Cerca de trinta cooperativas e associações de produtoras estão sendo beneficiadas graças à estruturação da cadeia produtiva do leite (Foto: Assessoria Seaprof)

A Cooperativa dos Produtores de Leite do Alto Acre (Coplac), localizada em Brasileia, finaliza a estruturação da indústria de laticínio que inicialmente vai processar leite pasteurizado e queijos. Estão sendo investidos mais de R$ 800 mil, segundo o secretário de Produção (Secretaria de Agropecuária), Lourival Marques, segundo o qual o governo do Estado tem dado apoio para mitigar uma ação de desabastecimento da atividade naquela região.

O laticínio de propriedade da Coplac, cooperativa que agrega 65 produtores, terá capacidade para processar leite pasteurizado e queijo para atender o comércio local e municípios próximos. Faltando apenas a liberação de recursos adquiridos através do BNDES para a compra e instalação de equipamentos e treinamento de pessoal na gestão, a previsão é de entrar em funcionamento nos próximos três meses.

“Os técnicos da Seap têm acompanhado todo o processo, e entre as ações está o apoio na elaboração de projeto para captação de recursos”, explica Lourival Marques. Outros investimentos foram direcionados para a cooperativa que já vem atuando como entreposto de leite in natura para a Coopel (Cooperativa dos Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre) e que recebeu dois tanques de resfriamento.

Adoção de tecnologia para a melhoria genética do rebanho é uma das ações para garantir qualidade e maior produção de leite (Foto: Assessoria Seaprof)

Adoção de tecnologia para a melhoria genética do rebanho é uma das ações para garantir qualidade e maior produção de leite (Foto: Assessoria Seaprof)

Segundo o chefe do Departamento de Modernização da Indústria Agropecuária da Seap, Francisco Dantas, a produção de leite na região é expressiva, e a Coplac armazena cerca de dois mil litros do produto, que são recolhidos a cada dois dias pela Coopel. “A Coplac recolhe o leite dos produtores nas propriedades, numa parceria com a prefeitura de Brasileia, e a Coopel traz para o laticínio em Rio Branco”, explicou.

A estruturação da cadeia produtiva do leite, que vai desde os processos de melhoria genética às mudanças na área de manejo de pastagem, novos procedimentos de retirada do leite, maior acesso às linhas de crédito e transporte e venda do produto, tem beneficiado diretamente cerca de 30 associações produtoras e cooperativas.

Os técnicos das secretarias de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e da Seap são os responsáveis pela elaboração dos projetos que são apresentados às instituições financeiras para a adesão aos programas de crédito. Depois de aprovado o financiamento, os técnicos acompanham os investimentos e prestam assistência técnica aos produtores.

O governo do Estado, em parceria com os produtores rurais, tem investido na compra de ordenhadeiras mecânicas e também em tanques de resfriamento. Mais de 40 tanques já foram implantados nas comunidades rurais.

O Ministério da Agricultura publicou normativa que prevê as condições de armazenamento e transporte e da qualidade do produto final, e para atender essa legislação e consolidar a cadeia produtiva do leite, o governo do Estado, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), ofertou cursos que antecederam a instalação dos tanques de resfriamento.

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