A escola contemporânea precisa articular formas de garantir não só a aprendizagem de seus alunos, mas a permanência deles na instituição de ensino. E quando se trata da Educação de Jovens e Adultos (EJA) o desafio é ainda maior, é preciso estreitar laços. É assim que a Escola Estadual Berta Vieira trabalha.
“O estudo é a saída para os pobres, principalmente aos excluídos da sociedade. A nossa tarefa é abrir portas para que as pessoas transformem suas realidades”, enfatiza a diretora Nazaré Aragão, que, desde 1998, acompanha a trajetória dessa modalidade de ensino.
A instituição oferece EJA fundamental e médio no período noturno. Os alunos são pessoas que, por alguma razão, decidiram voltar a estudar, depois de anos afastados. Por essa razão, a gestora conta que é indispensável estabelecer vínculos com o meio em que esses estudantes estão inseridos, para conhecer a particularidade de cada um e obter bons resultados.
Ela lembra, ainda, que não tem como expandir o potencial criativo dos estudantes sem criar laços com a história e família deles. “Já tivemos exemplo de um garoto envolvido com drogas, e a gente o trouxe para a escola. Ao incluí-lo em projetos sociais e esportivos, gradativamente, esse adolescente saiu do grupo de risco”, exemplifica.
Na visão da aluna Terezinha Silva, 18, do EJA fundamental, a interação escola e comunidade tem sido uma estratégia positiva, pois contribui para o retorno e continuação dos estudos.
“Trabalho o dia todo, mas fico feliz quando chego aqui, porque somos acolhidos. A diretora acompanha a nossa vida além da escola. Se tem alguém desmotivado, ela procura saber o motivo e ajuda a resolver, o que nos faz entender a importância da formação”, diz Terezinha.
Atualmente, a Escola Berta Vieira conta com 14 turmas para atender a comunidade do bairro São Francisco e arredores, em Rio Branco. E as matrículas do EJA estão abertas para o ano letivo de 2016.
