A equipe do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) realiza de 22 a 28 deste mês implantação e revisão de prótese de quadril para os pacientes agendados pelo Tratamento Fora de Domicilio (TFD). Os serviços ocorrem no Hospital das Clínicas do Acre (HC). São 17 profissionais, entre médicos ortopedistas, anestesista, enfermeiros e auxiliares, que vieram do Rio de Janeiro para realizar os procedimentos.
Cerca de vinte implantes de prótese e cinco revisões serão realizados pela equipe do Into, em parceria com os profissionais do HC. Antes de serem submetidos ao processo cirúrgico, os pacientes passaram por uma triagem, na qual foram analisadas as condições clínicas de cada um.
 |
Para José Raimundo operação é o caminho para acabar com as dores no quadril; Edmar Aguiar tem esperança de voltar a andar normalmente (Foto: Marcelo Torres/Sesacre)
|
“Esse trabalho é denominado de Projeto Suporte e visa acabar com a demanda reprimida de pacientes que aguardam na fila de espera do TFD, além de propiciar uma recuperação mais rápida, uma vez que eles vão estar junto da família, evitando transtornos ao deslocar-se de um Estado para outro. Com essa parceria garantimos maior comodidade às pessoas que precisam desse serviço”, explica a gerente do TFD, Ediná Monteiro.
Um novo recomeço
O agricultor José Raimundo sofre, há mais de 12 anos, com fortes dores na região do quadril. “Trabalhei muito tempo na roça, carregando sacos de farinha e derrubando roçado, fazendo um tremendo esforço físico. Hoje, com 54 anos, tive que me submeter a uma prótese de quadril. Espero que com essa operação eu possa voltar ao normal”, diz.
José Raimundo afirma que tinha medo de fazer a cirurgia em outro Estado, pois não queria ficar longe da família. “Minha operação estava marcada para fazer em São Paulo. Fiquei com medo e não queria ir. Com esses médicos aqui tive uma ótima oportunidade de ficar na minha cidade. Aqui estou sendo bem tratado. Os profissionais que fizeram minha operação me tratam como se fosse da família”, ressaltou o agricultor.
Edmar Aguiar tem 22 anos e é caixa de um supermercado em Rio Branco. Ele conta que sofreu um acidente de moto há três anos, no qual fraturou o quadril e ficou com algumas sequelas.
“Quando isso ocorreu tive a sensação de que minha vida tinha acabado, pois fiquei durante um ano e meio andando de muletas, e quando parei de usá-las, o modo que andava era manco, causando grande constrangimento. Agora, com essa prótese de quadril, o médico me deu a esperança de me reabilitar e voltar a andar normal e sem dores”, comentou o jovem.
