O governo do Estado, por meio do Ministério da Saúde, realizou na manhã desta terça-feira, 24, o lançamento do Programa de Formação de Trabalhadores em Saúde do Acre. O auditório da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) ficou lotado para a aula inaugural do programa, que propõe formar e qualificar mais de 900 técnicos que já atuam nas áreas de saúde mais carentes do Estado.
O programa formará agentes para atuar nos 22 municípios acreanos nas áreas mais carentes da saúde técnica como Citopatologia, Hemoterapia, Radiologia, Orteses e Próteses, Saúde Bucal, Saúde Indígena, Análises Clínicas, Agente Comunitário de Saúde, Nutrição e Dietética e Vigilância em Saúde. Os cursos são voltados especificamente para quem já atua na área de saúde e estão sendo ofertados pelo Instituto Dom Moacyr, através da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha.
Os cursos são viabilizados pelo Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio Para a Saúde (Profaps) e Educação Permanente em Saúde do Estado do Acre (PEP). “Além de suprir as demandas, teremos pessoas mais qualificadas, um melhor atendimento e excelência na humanização. Queremos a melhoria da qualidade de vida para que as pessoas adoeçam menos”, conta Marcos Brandão, presidente do Instituto Dom Moacyr.
O foco nas comunidades indígenas é grande. Cinquenta indígenas já estão inscritos nos primeiros 10 cursos de formação. Daqui a 30 dias outros 50 índios participarão do curso. São pessoas como Reginaldo de Aguiar, da etnia Kaxinawa, que veio de Santa Rosa do Purus só para fazer o curso de capacitação e já é um agente de saúde pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para ele, “a importância é de aprender para levar esse conhecimento na área de saúde para nossa comunidade indígena”.
Os investimentos são de mais de R$ 2.400.000 e os cursos têm carga horária que variam de 600 a 1.800 horas. O secretário adjunto de Saúde, Amsterdam Sandres, reforçou a importância desse projeto prioritário e estratégico para o Estado. “O desafio do SUS é organizar os serviços em competências. Esses cursos são essenciais para que a gente tenha um bom serviço no sistema público de saúde.”