Nesta ação realizada pelo Governo do Acre, por meio do Iteracre, em parceria com o Governo Federal, foram beneficiados 50 famílias que vivem no Seringal Liege. Pessoas como o produtor rural e presidente da Associação de Produtores do Seringal Liege, José Cláudio Ramos que contou que há 12 anos já lutava para receber o documento de titulação da sua terra.
“Esse documentos para nós é a realização de um sonho. Nossa comunidade estava esquecida pelas autoridades e agora recebe esse presente que é tão importante, que nos permite melhorar a nossa vida, ter uma produção melhor e poder criar nossos filhos com mais dignidade”, disse José Cláudio Ramos.
O presidente da Associação de Produtores do Liege só fez um pedido a sua comunidade no ato da entrega dos títulos. “Quero pedir aos meus companheiros que não vendam suas terras agora que receberam os títulos definitivos. Não vendam a terra que nós lutamos tanto para conquistar. Deixem para seus filhos, netos, bisnetos”.
A certidão da terra
Glenilson Figueiredo, diretor do Iteracre, afirmou que para ele é uma honra poder contribuir com esses moradores de áreas rurais. Ele lembrou que os títulos são as certidões de nascimento das terras onde vivem essas famílias.
“O Iteracre está fazendo um trabalho em todos os municípios do Acre para regularizar áreas de terra na zona rural”, pontuou. O promotor do Ministério Público do Estado (MPE), Vinicius Menandro, complementou observando que a titulação da terra é o documento que reconhece, oficialmente, que esses 50 produtores são, de fato e de direito, os donos das terras onde trabalham a tantas décadas. “É o documento que permite a vocês ter uma vida digna e de cidadania”, frisou o promotor.
Thaumaturgo Lima, deputado federal, ressaltou que o documento dá ao proprietário da terra ter o privilegio de saber que aquela área é sua, dá a certeza de que a terra pertence aquele trabalhador rural.
Moisés Diniz, deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa concluiu dizendo que “terra sem título é como a escravidão. Qualquer bacana pode chegar e dizer que é dono daquele lugar quando não se tem o título definitivo, mas quando o trabalhador recebe esse documento ele recebe a certeza de que é dono, recebe a sua liberdade”.
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