Verão acreano possibilita grandes obras na AC-010 e AC-445

Ao todo, são cerca de 5 mil quilômetros de ramais em recuperação em 20 municípios, além da restauração da AC-010, que liga Rio Branco a Porto Acre e o término da AC-445, estrada que liga Porto Acre ao Bujari (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Ao todo, são cerca de 5 mil quilômetros de ramais em recuperação em 20 municípios, além da restauração da AC-010, que liga Rio Branco a Porto Acre e o término da AC-445, estrada que liga Porto Acre a Bujari (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O chamado ‘verão amazônico’ é o período do ano em que as chuvas diminuem e o calor aumenta, geralmente com duração de julho a novembro. No Acre, essa é a principal época para a realização de obras, principalmente restaurações, ampliações e conclusões de ruas, avenidas, ramais e rodovias. O Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) é órgão do governo do Estado responsável por atuar nesses pontos. Ao todo, são cerca de 5 mil quilômetros de ramais em recuperação em 20 municípios, além da restauração da AC-010, que liga Rio Branco a Porto Acre e o término da AC-445, estrada que liga Porto Acre o Bujari.

Em visita às obras, o diretor do Deracre, Joselito Nobrega, reforça da importância desse momento (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Em visita às obras, o diretor do Deracre, Joselito Nóbrega, reforça a importância desse momento (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Em visita às obras, o diretor do Deracre, Joselito Nóbrega, reforça a importância desse momento. “Sentamos com a Federação da Agricultura, prefeituras e associações, que têm discutido com o governo onde devem ser investidas as melhorias. Também temos um convênio com o Incra, discutimos com as comunidades e analisamos pelas áreas de assentamentos”, disse.

Para quem passa pela AC-010, saindo de Rio Branco e indo para Porto Acre, a restauração de pontos isolados da rodovia estadual a princípio pode causar algum desconforto aos motoristas devido às paradas obrigatórias nos trechos em que a rodovia se tornou mão única por turnos. Mas a medida é para garantir que, de seus 58 quilômetros, 20 sejam totalmente restaurados. Nóbrega também pede que as pessoas sejam pacientes, tenham cuidado redobrado na direção e estejam atenciosos com o trânsito na rodovia.

A Rodovia AC-010 que liga Rio Branco até Porto Acre terá 20 quilômetros de restauração (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Rodovia AC-010 que liga Rio Branco até Porto Acre terá 20 quilômetros de restauração (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A recuperação desses pontos isolados da AC-010 é realizada pelo Deracre, resultado de um convênio com a Suframa de R$ 7,5 milhões, num empenho pessoal do governador Tião Viana. A rodovia, que passou a ser trafegável desde 1986, sofre agora uma de suas maiores intervenções. Além dos 20 quilômetros de reconstrução, ela ganhará acostamento de um metro em suas laterais. As obras da AC-010 devem ser concluídas ate o fim deste ano.

Vale lembrar que, na saída de Rio Branco para Porto Acre, o trecho que vai do bairro Adalberto Sena até a sede do Café Contri está em obras de duplicação, além da construção de calçadas e ciclovias, uma mudança que vai beneficiar toda a população dos bairros mais próximos e melhorar o fluxo de veículos e pessoas na saída da capital.

O sonho do Ramal do Bujari

A rodovia AC-445 está em processo de conclusão, são quatro empresas que trabalham no local desde que que o verão amazônico começou (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A rodovia AC-445 está em processo de conclusão. São quatro empresas que trabalham no local desde que o verão amazônico começou (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Com cerca de 40 quilômetros que ligam Porto Acre até Bujari, a rodovia AC-445 está em processo de conclusão. São quatro empresas que trabalham no local desde que o verão amazônico começou. São quase 200 homens num trabalho grande, em que só as equipes de terraplanagem envolvem cerca de 60 pessoas.

Apenas nessa estrada serão levantadas três pontes – uma sobre o Igarapé São Raimundo, outra sobre o Igarapé São José e uma terceira sobre o Igarapé Baijão. Também serão implantadas 117 linhas de bueiros, que irão atravessar os córregos que cruzam a rodovia. A previsão é de que a conclusão seja feita ainda este ano. Os investimentos são da ordem de mais de R$ 5 milhões.

Em toda a extensão da obra é possível encontrar máquinas na pista. Vale lembrar que a estrada também está aberta ao tráfego. Para Antônio Francisco Menezes, que tem 73 hectares de terra na região desde 1982 e uma vasta produção de hortifrúti, “isso é bom demais. Vamos ter a estrada asfaltada e as pontes. Adoeceu e vamos poder sair mais fácil de casa para a cidade. Vou poder escoar muito melhor a minha produção.”

Seu Apolônio de Oliveira, que com seus 70 anos e apoiado na bengala observa atentamente a construção da estrada na frente da sua propriedade (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Apolônio de Oliveira, 70, observa atentamente a construção da estrada na frente da sua propriedade (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Apolônio de Oliveira, 70, apoiado em uma bengala, observa atentamente a construção da estrada na frente da sua propriedade. “Essa estrada significa muita coisa para mim. Uma vez precisei fazer uma cirurgia de próstata e na outra vez quebrei a perna. Tive que sair por essa estrada em cima de carro de boi. Não caí, mas foi terrível. Quando ela estiver terminada, vai ser uma delícia. Todo mundo está falando bem do projeto. E vai ficar para o futuro, para os meus filhos e netos”, disse.

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