Desde 2014, aproximadamente, duas mil mulheres vítimas de violência no Acre foram assistidas pelas unidades móveis de atendimento às mulheres. O acolhimento é dirigido às mulheres em situação de violência. A ação é uma iniciativa do governo do Estado, realizada por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres).
As unidades móveis fazem parte do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e ajudam a reforçar a oferta de serviços públicos para aplicação da Lei Maria da Penha. Os serviços ofertados são nas áreas de assistência social, jurídica, psicologia e segurança pública.
16 Dias de Ativismo
Como parte das atividades da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres que ocorre em 132 países e encerra nesta quinta-feira, 10, o atendimento móvel foi levado para as mulheres da Vila Campinas, em Plácido de Castro.
Essas ações têm feito a diferença na vida de pessoas como a produtora rural Alzira Gomes da Silva. “Por falta de recursos financeiros, já deixei de procurar atendimentos jurídicos e de saúde. Para nós, que moramos no campo, o atendimento mostra que somos lembradas e cuidadas pelo governo”, destacou.
A campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos.
“As diferentes estratégias de luta efetivadas nas últimas décadas possibilitaram dar visibilidade às formas de violência de gênero e doméstica contra as mulheres, como uma questão pública a ser enfrentada no âmbito dos direitos humanos”, destacou a gestora da SEPMulheres, Concita Maia.
Cidadania é um direito
Durante os atendimentos, além de receber denúncias e acolher vítimas, são promovidas outras ações, como palestras informativas ressaltando o enfrentamento à violência doméstica, planejamento familiar, gravidez na adolescência e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação.
“Deparamo-nos com pessoas que não sabem de seus direitos. Estamos levando, além de políticas públicas, o lado humanitário de profissionais compromissados com os direitos humanos”, frisou Cláudia Regina Cavalcante, assistente social.