O Teste do Pezinho é um exame laboratorial – chamado também de Triagem Neonatal – e tem como objetivo o diagnóstico precoce de algumas doenças, entre elas as metabólicas, as genéticas e as infecciosas, que podem causar lesões irreversíveis no bebê, como, por exemplo, o retardo mental.
Esse exame é obrigatório por lei, e o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), garante que toda criança nascida em território nacional tem direito ao teste totalmente gratuito. A coleta realizada pela equipe da Maternidade Bárbara Heliodora está funcionando em novo endereço, na Rua José de Melo, 61, em frente ao Samu. O atendimento é das 7 às 12 horas e das 13 às 17 horas.
Para Priscylla Aguiar, enfermeira da Área Técnica Estadual de Saúde da Criança, vinculada ao Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, é fundamental que os pais ou responsáveis saibam que a maior parte das doenças detectadas pelo teste do pezinho não apresenta sintomas no primeiro mês de vida da criança. “Portanto não devem demorar a procurar o serviço de saúde para a realização desse teste.”
Ela diz ainda que o exame pode ser feito até o primeiro mês de vida do bebê, porém o ideal é que o teste seja realizado entre o terceiro e o sétimo dias de vida. “Após o parto, se a mãe e o bebê permanecerem internados por mais de 48 horas, o teste já é realizado no próprio local de nascimento. Caso a alta ocorra antes desse período, os pais podem levar o bebê a um centro de saúde mais próximo de sua casa ou ao serviço de triagem da maternidade para fazer o Teste do Pezinho. Os profissionais responsáveis pela coleta do exame são treinados e habilitados para a realização do exame.”
Como é realizado
Para coletar a amostra, o profissional realiza um pequeno furinho no calcanhar do bebê – o calcanhar é rico em vasos sanguíneos e a coleta é feita rapidamente. Através do teste podem ser diagnosticadas doenças como a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, a anemia falciforme e demais hemoglobinopatias (doenças do sangue).
“Esse exame, que parece simples, tem a capacidade de detectar precocemente doenças que poderiam causar sequelas físicas e mentais irreparáveis no seu bebê. Caso seja detectada alguma alteração, é possível começar um tratamento adequado nas primeiras semanas de vida dele e evitar consequências graves no futuro. O bom de tudo isso é que o tratamento pode ser feito antes do aparecimento de algum sintoma”, informa Priscylla.