Acre oferece espaço propício para o desenvolvimento sustentável

O modelo de gestão integrada, que promove o diálogo constante entre a sociedade civil organizada e o governo para a definição, correção e construção das políticas públicas, é apontado como o grande motivo para o Estado do Acre, na Região Norte, ser considerado o reduto das melhores práticas ambientais do país.

O Acre é considerado o reduto das melhores práticas ambientais do país (Foto: Sérgio Vale/Sexcom)

O Acre é considerado o reduto das melhores práticas ambientais do país (Foto: Sérgio Vale/Sexcom)

Esses e outros aspectos nortearam o painel “A Inovação e Conservação das Ideias de Desenvolvimento Sustentável”, realizado nesta quarta-feira, 20, durante o seminário “Faça do Acre a sua Floresta”, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico.

Sob a moderação de Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), o painel contou com a participação de Vera Olinda, da Comissão Pró-Índio, de Miguel Scarcello, da ONG SOS Amazônia, de Mauro Armelim, do Programa Amazônia – WWF Brasil, de Lorena San Román, da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ), e de Stephan Schwartzman, do Environmental Defesense Found (EDF).

Os debatedores apontaram as conquistas para a conservação dos ecossistemas locais, desde a introdução do conceito instituído por Chico Mendes, de que é possível ter desenvolvimento sem desmatar, e discutiram os próximos desafios que o Acre terá de enfrentar a fim de consolidar as políticas públicas para o desenvolvimento sustentável e a aplicabilidade da economia verde.

“O histórico vivenciado pelo Acre demonstra que ele é o espaço propício para a busca e o desenvolvimento da inovação para a conservação ambiental. As entidades da sociedade civil organizada têm o privilégio de manter o diálogo aberto com o governo, questionando, debatendo e sugerindo iniciativas que permitam atrelar o benefício social, melhoria da qualidade de vida do povo e conservação dos ecossistemas”, destacou Miguel Scarcello, da ONG SOS Amazônia.

Vera Olinda, da Comissão Pró-Índio, destaca como peça-chave para essa interação a parceria com independência entre a sociedade civil e o poder público, além da construção das políticas públicas de Estado levando em conta aspectos sociais, culturais e ambientais.

Sob a moderação de Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico, o painel debateu "A Inovação e Conservação das ideias de desenvolvimento sustentável" (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Sob a moderação de Rubens Gomes (c), do Grupo de Trabalho Amazônico, o painel debateu “A Inovação e Conservação das Ideias de Desenvolvimento Sustentável” (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Para Lorena San Román, do movimento de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ), os próximos passos pedem a criação de uma estratégia de capacitação prática do povo acreano e o fomento para o turismo sustentável, enaltecendo o artesanato local e as indústrias moveleiras.

“O desafio é lançar um novo olhar para a biodiversidade. É possível enxergar na floresta o potencial gerador de riqueza, com conservação e qualidade de vida”, defendeu o moderador Rubens Gomes, do GTA.

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