Como parte do projeto Cresce Brasil, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e a Senge (Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre) realizaram nesta terça, 19, na Ufac, o seminário “Áreas de Risco e Abastecimento de Água – Engenharia para Rio Branco”.
Os desafios da engenharia para reconstruir as áreas de risco de Rio Branco foram apontados, discutidos e avaliados. O assunto essencial foi o Rio Acre, suas inundações e estiagens irrefreáveis. “Nosso maior desafio é respeitar a história das pessoas que moram em áreas de risco. Temos que melhorar e buscar soluções em definitivo para os problemas”, disse o superintendente do Depasa (Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento) Rio Branco, Felismar Mesquita.
O encontro entre representantes da federação nacional, sindicato nacional e estadual, técnicos, estudantes de engenharia, poder público municipal e estadual e legislativo possibilitou construir propostas da categoria para a recuperação das áreas de risco por meio de iniciativas na produção, infraestrutura e tecnologia para o desenvolvimento econômico do Estado, com inclusão social.
O representante da Assembleia Legislativa, Eduardo Farias, afirmou: “Se a gente adequar a situação das moradias em áreas de risco, pode ter uma redução significativa de danos e custo, principalmente no período de enchente”.
Para o prefeito em exercício Ricardo Araújo, “a luta em relação às áreas de risco não vem de hoje, a cada dia torna-se mais difícil por conta do crescimento populacional, mas se trabalharmos com um propósito comum, Rio Branco pode se desenvolver mais”.
O prefeito ainda ressaltou que 75% das regiões habitadas ilegalmente estão em áreas de risco, e cerca de R$ 30 milhões são gastos quando o Rio Acre transborda. “Nossos desafios não são pequenos, precisamos desativar as habitações situadas em lugares alagadiços e colocar os moradores em lugares seguros. Precisamos também controlar a vazão da água e reconstruir nossa cidade”, explicou.
Gestão de Saneamento do Acre
O projeto do governo para saneamento prevê 100% de cobertura em todo o Estado. Serão investidos mais de R$ 840 milhões. 85% dos recursos estão garantidos – o restante está em licitação.
A diretora de saneamento do Depasa, Dannya Coutinho, assegurou que não há como falar de saneamento sem mostrar os indicadores: “Para cada 1 real investido em saneamento, consegue-se economizar 4 em saúde”. Dannya ressaltou que os índices de mortalidade infantil e casos de malária, em especial no interior do Estado, foram reduzidos em 2011.