Hospital das Clínicas realiza trabalho de assistência à saúde dos povos indígenas

Desde janeiro de 2011 é realizado no Hospital das Clínicas do Acre (HC) um trabalho humanizado de assistência à saúde dos povos indígenas da região. A Gerência de Atenção à Saúde Especializada dos Povos Indígenas (Gasepi) surgiu a partir de uma iniciativa do superintendente do HC, Carlos Eduardo Alves.

Gerenciado pelo especialista em gestão pública, Aélico Pereira, o setor tem como principal objetivo elevar a qualidade na atenção especializada aos povos indígenas, através de uma equipe específica dentro do hospital, entendendo as dificuldades da maioria desses povos ao chegarem à cidade e sua dificuldade também por falarem outro idioma ou dialeto.

“Ao iniciar o trabalho e para usar corretamente o recurso federal destinado a isso, nós visitamos aldeias para, assim, conhecermos de perto a realidade dos povos indígenas. Através disso, pudemos saber de que forma trabalharíamos com eles, assim, elaboramos o nosso plano de ação”, disse Aélico Pereira.

Com uma média de 130 consultas e 78 exames mensais, a Gasepi recebe da Casa do Índio (Casai) uma lista com a identificação daqueles que precisam de atendimento e, através de uma pessoa específica para marcar a data desses procedimentos no HC, os pacientes são encaminhados para o serviço médico necessário, garantindo assim a agilidade do processo.

Segundo Aélico, antes do setor ser criado, havia um número muito elevado de pacientes na fila de espera para exames, cirurgias e consultas. “A partir da criação dessa gerência, nós organizamos junto à diretoria clínica do HC vários mutirões para o atendimento médico/cirúrgico dos pacientes indígenas que estavam em espera há tanto tempo”, completou.

Além dessas medidas, a Gasepi faz a aquisição de kits de higiene íntima dos pacientes internados, e de óculos para aqueles com problemas oftalmológicos, também compra  medicamentos que não são disponibilizados na rede pública para os que saíram de alta. O prazo máximo na espera de atendimento médico para os povos indígenas é de 15 dias.

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