O Acre fica no coração da América Latina, de frente para o mercado asiático, em meio à floresta amazônica. Com 164 mil quilômetros quadrados e 87% de cobertura vegetal, tem mostrado, através da política ambiental que adotou e dos resultados que tem alcançado, que é possível se desenvolver economicamente respeitando as populações tradicionais e preservando a floresta.
E foi a experiência no monitoramento das florestas que levou o governador Tião Viana a participar da mesa-redonda Monitoramento do Desmatamento na Amazônia, organizado pela Itália e aconteceu no auditório do pavilhão do país, montado no Parque dos Atletas, na cidade do Rio de Janeiro. Também participaram da mesa governadores de Estados da Amazônia.
Como monitorar o desmatamento de uma área que abriga a maior biodiversidade do mundo? A resposta do governador Tião Viana foi tecnologia. Nos últimos cinco anos o Acre atingiu as menores taxas de desmatamento registradas desde 1989. “Utilizamos uma tecnologia francesa, doze vezes melhor que a do Instituto de Pesquisas Espaciais, o Inpe, que nos mostra, através de satélite, imagens de dois metros por dois a cada cinquenta metros. Nós investimos em instrumental tecnológico e tivemos o apoio da população, que contribuiu nesse processo, respeitando a decisão de não desmatar”, explicou o governador.
Em contrapartida, o governo do Estado tem oferecido alternativas tecnológicas para compensar os produtores familiares. Entre elas estão o fornecimento de calcário, programa de mecanização agrícola e o desenvolvimento da cadeia produtiva da piscicultura, com o investimento de mais de R$ 50 milhões num complexo industrial do peixe.
O governador Tião Viana explicou que, antes de tudo, o Acre produziu o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). “Tivemos o cuidado de primeiro estudar o nosso ambiente, qual nosso modelo geográfico, onde está nossa biodiversidade, para depois fazer intervenção com a tecnologia”, disse.
“Nos últimos anos temos apoio da população para assegurar preservação e crescimento econômico. O Acre é o Estado que mais cresce, mais preserva a floresta e assegura qualidade de vida, mesmo sabendo dos desafios que temos pela frente. Não dá para crescer sem preservar a floresta”, disse o governador.
