O Festival Pachamama-Cinema de Fronteira estreou no último dia 17 sua primeira edição itinerante na cidade de Cusco (Peru), no Museo Qorikancha. O festival foi aberto em uma solenidade com a presença do Ministro das Relações Exteriores do Peru, Eduardo Rivôldi, o Cônsul Honorário do Brasil em Cusco, Elson Espinoza, o diretor do festival, Sérgio de Carvalho, e mais de 15 pessoas que compõem a equipe do evento. Na oportunidade, as autoridades presentes ressaltaram a importância de ações dessa natureza para ampliar a integração propiciada pela estrada Transoceânica, promovendo, assim, a aproximação entre os países trifronteiriços.
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Nas três noites de duração o evento teve lotação esgotada e ganhou repercussão na imprensa cusqueña. Os integrantes da equipe de produção participaram de diversos programas de TVs locais, sempre na oportunidade divulgando o Estado do Acre e a cultura andino-amazônica.
A programação de abertura contou com a exibição do filme brasileiro “Me Voy”, da diretora Maria Emília Coelho, que estava presente e falou sobre o processo de produção do documentário. Em seguida, foi apresentado o premiado longa peruano “Contracorriente”, do diretor Javier Fuentes León, que emocionou o público de Cusco, assim como a plateia da II Edição do Pachamama-Cinema de Fronteira, em Rio Branco.
A abertura do festival foi coroada com o evento parceiro “Noite Latina”, no bar London Town, animado pelas DJs Malu Ochoa e Angela Fernandes. A festa, assim como o festival, busca a integração cultural por meio da música e colocou todos para dançar ao ritmo da musicalidade da América.
A segunda noite do festival, na sexta-feira, foi dedicada ao cinema boliviano, com a exibição da animação “Abuela Grillo”, de Denis Chapon, e do longa “El Ascensor”, de Tomas Bascopé, que arrancou uma salva de palmas da sala cheia.
Ainda no segundo dia, os alunos da Usina de Artes, convidados para a Itinerância, fizeram uma apresentação especial dos curtas-metragens “Cadeia Velha” e o “Cego da Cotinha”, produzidos pelos alunos do curso de cinema da Usina de Arte João Donato. Na oportunidade, puderam conhecer novos realizadores e trocar experiências, cumprindo a meta do festival de proporcionar intercâmbios culturais.
O evento se encerrou no último sábado, 19, com uma mesa-redonda sobre cinema latino, com a participação de realizadores locais, do cineasta peruano Vivanco, do cônsul do Brasil em Cusco, Elson Espinoza, e do ministro das Relações Exteriores do Peru, Eduardo Rivôldi. Após a mesa-redonda, o Festival foi encerrado com chave de ouro: no dia dedicado ao Brasil, foi exibido o longa “O Palhaço”, de Selton Melo, que emocionou todo o público com a história do melancólico palhaço Benjamin. Selton enviou um email à equipe agradecendo por levar seu filme além-fronteiras.
Todas as atividades foram realizadas no Museu Qorikancha, importante centro simbólico, cultural e histórico do Peru, antigo templo Inca e atual Monastério. E as sessões foram gratuitas.
O Festival Pachamama – Cinema de Fronteira em 2012 realizará sua 3ª edição em Rio Branco e segue com diversas ações de integração. Em 2011, através da parceria com o grupo peruano Nómadas, o festival ocupou quadras de escolas de bairros periféricos da cidade. Para 2012 estão previstas exibições em diversas cidades acreanas e peruanas até a cidade de Porto Maldonado, pela estrada.
Para a edição itinerante em Cusco, o festival contou com uma comitiva de 16 brasileiros, entre produtores, realizadores, artistas, alunos e convidados. O evento, para a edição itinerante, teve apoio do governo do Estado do Acre através da Secretaria de Turismo (Setul) e da Fundaçao Elias Mansour (FEM), da Funerária São João Batista e do Museo Qorikancha, além de diversos parceiros peruanos que se agregaram ao processo.
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