O Acre não está mais obrigado a vacinar contra aftosa o rebanho bovino acima de dois anos de idade – a não ser em municípios de fronteira. A decisão, do Governo Federal, foi tomada com base na melhoria da qualidade da vigilância sanitária, trabalho preventivo e compromisso dos pecuaristas. A medida vai provocar a economia de R$ 1 milhão para pequenos, médios e grandes criadores.
A decisão foi comemorada pelo governador Tião Viana. “Estamos caminhando para um Brasil livre da vacina e da doença. Essa economia permite que os produtores possam investir em tecnologia, melhoramento genético”, disse.
Todo o rebanho acreano – 2,5 milhões de cabeças – foi vacinado em novembro contra a aftosa. Em maio acontece a primeira etapa anual da vacinação e só serão vacinados os animais que estão em municípios de fronteira, por uma questão de segurança sanitária, já que o Acre é declarado área livre da doença.
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Segundo o diretor-presidente do Instituto de Defesa Animal e Florestal (Idaf), Luiz Augusto, será feito um estudo de viabilidade da não-vacinação do gado acima de dois anos também nos municípios de fronteira, respeitando apenas uma faixa de proximidade – que também será definida pela análise.
Cada vacina contra aftosa custa R$ 1. O rebanho acreano, até então, era vacinado de forma integral, duas vezes ao ano, comprovado através de sorologia. “Como os animais acima de dois anos que são vacinados apresentam uma proteção que dura 12 meses, o governo federal liberou a vacinação, ficando obrigado a vacinar apenas os animais com menos de dois anos. Em novembro todo o rebanho deve ser vacinado novamente”, explica o diretor do Idaf.