O abrigo do Sebrae começou a funcionar no dia 27 de fevereiro e recebeu em suas dependências 101 famílias, num total de 392 pessoas, sendo 134 crianças. Durante esse período, as famílias dispunham de três refeições diárias, atendimento médico, policiamento, recreação, água tratada e banheiros químicos, e para as crianças até quatro anos foram distribuídos fraldas descartáveis, leite em pó e massa para mingau.
Para atender tanta gente, foram montadas equipes de voluntários que se revezavam dia e noite no local. As primeiras famílias começaram a deixar o local e voltar para casa no último sábado, 10. A Defesa Civil disponibilizou várias equipes e caminhões para facilitar o trabalho de retirada das famílias. Um grupo de 31 famílias ainda estava no local, e após o trabalho intenso das assistentes sociais, elas foram retiradas na segunda-feira, 12, e encaminhadas para casas de parentes.
Sheila Sebastiana Ramirez, mãe de três filhos, foi uma das beneficiadas com o Aluguel Social. Ela teve a casa queimada dias antes da alagação e não tinha para onde ir. “Para mim é uma grande ajuda, pois agora tenho onde ficar com meus filhos. Eu só tenho a agradecer tudo que recebi aqui”, disse.
Regleiângela Pereira Nogueira, grávida da sete meses e mãe de cinco filhos, morava no Taquari e sua casa precisava apenas de alguns reparos, o que foi feito pela Secretaria de Obras. Ela foi a última a deixar o abrigo e não escondia a vontade de voltar para casa. “Eu fui muito bem tratada aqui. Meu filho ganhou até um kit bebê e muita fralda, mas não existe lugar melhor que a nossa casa. Está na hora de voltar, e os meninos precisam estudar.”
Para o coordenador do abrigo do Sebrae, Gildo Cesar, cuidar do local foi mais uma oportunidade de fortalecer a equipe do Depasa. “Foi uma oportunidade única para que nossa equipe pudesse fortalecer os laços através da solidariedade, trabalhando nos fins de semana e às vezes deixando a própria família para cuidar dos que estavam no Sebrae. Todos deram sua parcela de contribuição”, destacou.
