Comportamento do Rio Acre é estudado pela Agência Nacional das Águas

 

Com apoio da Ana zonas vulneráveis serão monitoradas no estado (Divulgação)

Com apoio da ANA, zonas vulneráveis serão monitoradas no Estado (Divulgação)

 

Técnicos especialistas em recursos hidrícos da Agência Nacional das Águas (ANA) estiveram em Rio Branco na última semana para mapear o comportamento do Rio Acre. Durante dois dias, Marco Antoni Azambuja e Pedro Cunha realizaram três medições. Elas resultaram em dados que permitirão construir um sistema de modelagem e elaborar um planejamento sobre os eventos críticos hidrológicos.

“Medir a vazão do Rio Acre foi excepcional, pois tínhamos poucos dados. Poderemos agora ter maior noção do comportamento do rio. Iremos avaliar qualitativamente a frequência, a magnitude e os impactos com esses dados e mais outros que serão catalogados. Tínhamos apenas uma medida da cota que era feita com a régua, o que não nos permite ter dados mais precisos sobre esse comportamento. Fizemos uma medida por cota de vazão. Agora, por exemplo, poderemos atenuar prejuízos, principalmente as perdas humanas”, explicou o técnico Pedro Cunha.

Dados levantados por técnicos reúnem maisinformações sobre o comportamento do rio durante a vazante (Divulgação)
Dados levantados por técnicos reúnem maisinformações sobre o comportamento do rio durante a vazante (Divulgação)

Dados levantados por técnicos reúnem mais informações sobre o comportamento do rio durante a vazante (Divulgação)

O diagnóstico feito pelos técnicos da ANA é o início de um processo que envolve acordo de cooperação técnica com o governo do Estado, e culmina com a modernização e ampliação da Rede de Monitoramento Hidrometereológico, que faz parte do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA).

Entre as linhas de atuação da ANA está a aquisição de equipamentos para a implantação da Sala de Situação e do Sistema de Informação Integrados ao Sistema Nacional como base para o funcionamento do Sistema de Alerta a eventos hidrológicos críticos.

No Acre, a implantação do sistema de alerta aconteceria em junho deste ano, mas foi antecipada devido à enchente que atingiu vários municípios. Na quarta-feira, 7, está prevista a chegada dos equipamentos para modernização das estações e para a montagem da Sala de Situação.

Vera Reis, assessora técnica da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), que coordenará a implantação da rede no Acre, juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto do Meio Ambiente (Imac), o Depasa e a Universidade Federal do Acre (Ufac), explica que o processo envolverá a identificação das áreas críticas, que inclui o mapeamento das zonas de vulnerabilidade no Estado e o planejamento da rede de monitoramento automático, por meio dos sistemas hidro, que é um gerenciador de séries históricas de dados hidrológicos, e de telemetria, de dados hidrológicos em tempo real.

“Além dos equipamentos, teremos a capacitação do quadro técnico das instituições envolvidas na operação dos dois sistemas, além da operação e manutenção das estações automáticas, que irão repassar todas as informações para a ANA sobre a rede instalada no Acre” explicou.

A ANA vai elaborar ainda o “Atlas de Vulnerabilidade a Inundações”. O objetivo é identificar os trechos inundáveis dos rios, estimar a vulnerabilidade dos trechos inundáveis, selecionar as áreas críticas para a prevenção, adaptação e controle de inundações, além da elaboração de um Manual de Referência para orientar a opção tecnológica e institucional de enfrentamento das enchentes.

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