Empreendedores acreanos apresentam suas criações na Expoacre

Estande da Cooperacre utiliza produtos da floresta em toda a decoração (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Estande da Cooperacre utiliza produtos da floresta em toda a decoração (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Você já ouviu falar em bajola? Sabia que um acreano criou uma máquina de fazer fios de garrafa pet? Conhece a Cooperacre? As respostas para estas perguntas encontramos na Expoacre 2015. A feira é a oportunidade dos negócios, entretenimento e também de apresentar criações genuinamente acreanas.

Na Cooperbajola, cooperativa de Cruzeiro do Sul, são fabricadas as bajolas, pequenas embarcações feitas em madeira ou alumínio. O diferencial delas para uma canoa comum está no tamanho, formato e motor.

O mecânico Brás de Freitas Barreto trouxe para a exposição o motor que ele mesmo adaptou. Foi necessário mais de um mês para montar equipamento, que atinge velocidade de mais de 100km/h.

“Ela é maneira, fácil de guiar, como um jet-ski. Já estamos com três anos na Expoacre e esperamos melhorar a produção mostrando nosso serviço aqui na Expoacre”, explicou.

O mecânico Bras de Freitas Barreto trouxe para a exposição o motor que ele mesmo adaptou (Foto: Diego Gurgel/Secom)
O mecânico Brás de Freitas Barreto trouxe para a exposição o motor que ele mesmo adaptou (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O inventor e empresário Francisco Nilo desenvolveu uma técnica única de produzir fios utilizando garrafas plásticas. Ele reaproveitou várias peças mecânicas e criou todas as máquinas para a fabricação de vassouras. Uma delas, já patenteada, foi a desfiadeira. “Eu pretendo desenvolver essa máquinas e vender para outros Estados, para que façam o mesmo trabalho que faço aqui no Acre”, destacou.

Cordas, varais e agora também objetos de decoração completam as vendas. Com o negócio também se evita que cerca de 60 mil garrafas sejam jogadas no lixo.

Já o estande da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) praticamente recriou um seringal. Paxiúba, ouriço da castanha e cavaco formam o espaço da cooperativa, que agrega 36 empreendimentos.

Castanha, borracha, polpa de frutas e prestação de serviços de mecanização para o reflorestamento, especialmente de seringueiras, castanheiras e frutíferas, estão entre os principais. O faturamento anual é em torno de R$ 400 milhões, com geração de mais de três mil empregos. A comercialização é para todo o Brasil e agora vislumbra o mercado externo. “Já tivemos o primeiro sinal fechando contrato com os Estados Unidos,” ressaltou Manoel Monteiro, superintendente da Cooperacre.

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