A equipe do Laboratório de Comunicação reuniu na última quinta-feira, 12, no Espaço Cultural Casarão, para uma conversa sobre a vida de Chico Pop, a presidente da Fundação Elias Mansour (FEM) Francys Mary, o professor Marcos Afonso, o músico Clenilson Batista e a jornalista Giselle Lucena. O encontro faz parte da produção de um programa piloto que alunos de Jornalismo na Ufac vão produzir para a Fundação Aldeia de Comunicação.
O bate-papo foi na “Sala Chico Pop”, espaço criado em homenagem ao jornalista na restauração do Casarão. Lá é possível encontrar um pouco da alma de Chico, seja nos livros espalhados por todos os cantos, discos e instrumentos musicais, trechos de músicas e poemas nas paredes, ou pelas fotos e caricaturas. “As moléculas de Chico estão no ar, por toda parte e em nós”, comentou Marcos Afonso.
Marcos descreveu com saudade vários traços do caráter e da personalidade de Chico. “Era muito difícil ser jornalista naquela época e ele manteve sua dignidade, o respeito da sua família, o respeito dos seus amigos”, disse o professor. Já Clenilson Batista, músico e também participante de muitos desses festivais, inclusive do Festival do Amapá, lembrou com entusiasmo a emoção de participar. “Se eu pudesse, viveria tudo de novo!”, declara.
Francis Mary, a Bruxinha, contou que Chico além de estar presente nos Famps, também os incentivava. Ela conviveu com o jornalista e acompanhou de perto a participação dele nesses eventos. “É importante esse resgate da vida do Chico, pois incentiva principalmente a publicação de suas memórias, já que ele mesmo nunca o fez”, falou bruxinha.
Quem se encarregou dessa missão de recontar a história do Jornalista foi Giselle Lucena, que relatou como surgiu o interesse pela vida de Chico Pop e como acabou sendo encorajada a escrever sobre a história dele em seu trabalho monográfico. A pesquisa acabou se transformando em um livro onde ela contextualiza também um pouco da produção cultural e jornalística da época.
O bate-papo foi encerrado com uma salva de palmas, não somente pelo sucesso do trabalho, mas principalmente por ter sido gratificante acompanhar relatos daqueles que conheceram de perto a história de Chico Pop, alguém que tanto contribuiu com o desenvolvimento cultural e artístico do nosso Estado. Como disse Camila Holsbach, que conduziu as entrevistas, “Um Acre de tantos chicos: Chiquinho Arigó, Chico da Léia, Chico Mendes, mas só um foi, é e sempre será Pop”.