Projeto “Amê Iná” reforça segurança alimentar do povo indígena Nuke Kuî

Alternativas na alimentação promovem autonomia das aldeias indígenas

Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar estiveram na Terra Indígena Katukina do Campinas, em Cruzeiro do Sul para verificar o desenvolvimento do manejo de tracajás, do criatório de capivaras e o projeto de piscicultura (Foto:Assessoria Seaprof)
Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar estiveram na Terra Indígena Katukina do Campinas, em Cruzeiro do Sul para verificar o desenvolvimento do manejo de tracajás, do criatório de capivaras e o projeto de piscicultura (Foto:Assessoria Seaprof)

Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar estiveram na Terra Indígena Katukina do Campinas, em Cruzeiro do Sul para verificar o desenvolvimento do manejo de tracajás, do criatório de capivaras e o projeto de piscicultura (Foto:Assessoria Seaprof)

Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) estiveram na Terra Indígena Katukina do Campinas, em Cruzeiro do Sul, no período de 12 a 16 de dezembro, para verificar o desenvolvimento do manejo de tracajás, do criatório de capivaras e o projeto de piscicultura.

As cinco aldeias que compõem a Terra Indígena são impactadas pela BR-364, que divide literalmente o território do povo Nuke Kuî. Através do Plano de Mitigação das Br-364 e 317, foram implementadas diversas ações com intuito de promover a segurança  alimentar através do fomento a criação de pequenos animais e reflorestamento de áreas alteradas.

No ano de 2010, a Seaprof implantou o primeiro criatório de capivaras, intitulado pelo Povo Nuke Kuî de “Amê Iná”, que significa criação de capivara e enviou filhotes de tracajás para a Terra Indígena. Ambas as iniciativas tem o objetivo de proporcionar alternativas para alimentação das famílias, ao mesmo tempo busca diminuir a pressão sobre a caça predatória de animais silvestres.

Também foi realizada a plantação de capim, para a formação de capineiras que servirá para alimentação das capivaras doadas pelo Projeto Caboclinho da Mata. Com a evolução do plantel de tracajás, a previsão é de que em mais dois anos os animais consigam reproduzir, o que permitirá o repovoamento dos lagos da TI.

“Estamos colaborando com 600 famílias do povo Nuke Kuî para assegurar alimentação em quantidade suficiente para o sustento, de forma ininterrupta e de acordo com as suas tradições. Vislumbramos o futuro onde o povo alcance a soberania alimentar”, ressaltou Edna Costa, Chefe da Seção de Manejo de Fauna Silvestre da Seaprof.

Outra atividade que vem mostrando resultados expressivos é a piscicultura. Foram construídos 13 açudes, através do Plano de Mitigação e está prevista a reforma de 11, com recursos do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre) e BNDES. Grande parte do pescado é destinado a subsistência e o excedente é comercializado no centro urbano de Cruzeiro do Sul.

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