“O que você tem a ver com a corrupção” é o slogan da ação educação, que busca quebrar paradigmas
O que você tem a ver com a corrupção? Já parou pra pensar? Ou ainda associa esse mal a políticos e assessores que circulam pelos corredores de Brasília? Inerente a políticos, mas também a cada um de nós, homens e mulheres, estudantes, trabalhadores e até donas de casas, a corrupção não é apenas assuntos de escândalos politiqueiros. Desde “colar” na escola a não respeitar os direitos individuais de cada um, a corrupção é cometida, em pequenas ou grandes doses, diariamente.
O Ministério Público Estadual lançou oficialmente nesta sexta-feira, 9, no auditório da Firb/Faao, a campanha nacional “O que você tem a ver com a corrupção”. O foco deste ano são as crianças, que lotaram o auditório da universidade.
“O nosso desafio é instruir nossos jovens a parar e perceber as consequências nefastas dos atos de corrupção, para perceber que as boas práticas são as que contribuem para o desenvolvimento da sociedade. Repito: somente com cidadãos comprometidos com a ética, com a moral, a cidadania e a honestidade, poderemos construir uma sociedade livre da corrupção”, disse a promotora Waldirene Cordeiro, uma das coordenadoras da campanha no Acre. A premissa é de que educar os pequenos é mais fácil que mudar velhos hábitos nos adultos.
“A corrupção destrói a nossa autoestima e mina a possibilidade de desenvolvimento econômico e social. Aí você diz: ‘Eu não sou corrupto!’. Mas quando a gente compra um CD pirata, declara um valor mais baixo num contrato de compra e venda para pagar menos imposto, traz produtos não-declarados da Bolívia para não pagar imposto, está cometendo atos de corrupção. É isso que queremos mudar”, disse a procuradora geral em exercício do Ministério Público Estadual, Patrícia Rêgo.
O lançamento da campanha aconteceu no Dia Internacional contra a Corrupção. O governador Tião Viana participou da solenidade. “A pior de todas as doenças é a corrupção, porque é a única capaz de tirar o futuro das pessoas, das crianças”, disse em seu discurso.