Gláucia, nossa jovem embaixadora

Mais de sete mil alunos da rede pública se inscreveram, em todo o país, para a viagem de intercâmbio cultural que está marcada para janeiro próximo

O maior tesouro de Gláucia é a autoconfiança (Foto:Angela Peres/Secom)

O maior tesouro de Gláucia é a autoconfiança (Foto:Angela Peres/Secom)

Dentro de cada ser humano, existe um rico universo onde podem florescer os mais insuspeitos talentos e desejos. Para o senso comum, poderia parecer ambição demais para uma adolescente acreana, de família humilde, almejar ser diplomata.

Mas não para Gláucia Albuquerque da Silva. Aos 16 anos, ela tem muita consciência do seu sonho: “Entendi que queria seguir carreira em relações internacionais quando percebi que a profissão concentrava tudo o que me atrai: pessoas, culturas, idiomas, visitas a outros países e a possibilidade de ajudar”. E, com autoconfiança e responsabilidade que impressionam, sobretudo numa adolescente, ela tem enfrentado todos os desafios para alcançar sua meta.

 

 

Filha de uma zeladora e órfã de pai desde muito pequena, Gláucia é aluna da Escola José Rodrigues Leite, em Rio Branco, onde cursa o 2º ano do 2º grau. Sempre teve boas notas, mas, em certo momento, observou que seus resultados na disciplina de inglês estavam abaixo do seu desempenho costumeiro. Como sua mãe não tinha condições de lhe bancar um curso particular, Gláucia buscou superar a dificuldade por conta própria. Consultou dicionários, literatura, professores e os missionários norte-americanos de sua igreja, tudo para obter mais domínio sobre o idioma. E, depois de mais de um ano estudando sozinha, ganhou o patrocínio de amigos para frequentar uma escola particular de inglês. Além disso, está cursando espanhol no Centro de Estudos de Línguas da Secretaria de Estado de Educação. Afinal, ser poliglota é requisito básico para seguir a carreira diplomática.

Outro grande trunfo que a menina tem é a positividade de sua mãe, que sempre a incentiva. O que comprova o discurso dos educadores: o encorajamento por parte dos pais é fundamental para o sucesso dos filhos.

Gláucia sabe que também  é importante estar atenta às oportunidades à sua volta. Este ano, ela se candidatou ao Programa Jovens Embaixadores, promovido no Brasil pela embaixada americana. Um dos critérios para a escolha dos representantes de cada país é que participem de algum projeto de voluntariado social. Gláucia trabalha com crianças carentes, em atividades que promovem seu desenvolvimento social e educacional, num projeto de responsabilidade da Igreja Batista Regular Betel.

Mais de sete mil alunos da rede pública se inscreveram, em todo o país, para a viagem de intercâmbio cultural que está marcada para janeiro próximo. No programa, os jovens passarão uma semana em Washington, participando de reuniões com autoridades e visitando monumentos históricos, museus e outras instituições. Nas duas semanas seguintes, serão hospedados, em outras localidades, por famílias americanas e frequentarão aulas em escolas de ensino médio, onde terão a oportunidade de fazer apresentações sobre o Brasil.

O resultado já saiu e Gláucia está entre os 45 candidatos selecionados no país. Salve! Lá vai ela abrir sua carreira diplomática com chave de ouro! Ponto para a brava moça, para sua família e para o Acre. 

Conheça o Programa Jovens Embaixadores

Podem se candidatar alunos de escolas públicas, de 15 a 18 anos, com boa fluência em inglês e excelente desempenho escolar. Eles também precisam estar engajados em pelo menos uma iniciativa de responsabilidade social e pertencer a famílias de baixa renda, entre outros requisitos.

Para mais informações, visite o site:
www.jovensembaixadores.org

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