Serraria portátil licenciada pelo Imac é avanço para o setor madeireiro

Equipamento ajuda os pequenos produtores e poupa ramais e estradas

O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) acaba de fazer o primeiro licenciamento de uma serraria portátil. O equipamento criado e amplamente difundido no mercado brasileiro desponta como alternativa que prima pelo desenvolvimento sustentável, tendo em vista o baixo impacto ao meio ambiente e também a ramais e estradas do Estado, já que não há grandes aberturas na floresta nem o deslocamento de madeiras em toras, que possuem maior volume de peso, visto que o desdobro da madeira pode ocorrer no próprio local de retirada das árvores.

Com a serraria portátil há um ganho para os pequenos produtores, especialmente os que executam planos de manejo sustentável comunitários, que geralmente enfrentam dificuldades para transportar a madeira para as indústrias. Nesse caso, a economia se dá no transporte e na utilização dos serviços das indústrias madeireiras, que cobram pelo beneficiamento da madeira.

O presidente do Imac, Fernando Lima, lembra que os procedimentos adotados para o licenciamento desse tipo de serraria atendem a requisitos observados na legislação ambiental, envolvendo desde a legalização de propriedades rurais, incluindo obrigatoriamente a autorização para exploração, até o transporte da madeira serrada, que se dá como o DOF – Documento de Origem Florestal. “A serraria portátil é um avanço. Há ganho em todo o processo: Não há necessidade de abertura de pátios na floresta, e com o equipamento menor, o impacto causado também é menor. E mais, os ramais e estradas são poupados”, esclarece Fernando.

Rômulo Souza, chefe da Divisão de Indústria Florestal do Imac, explica que o licenciamento da serraria portátil, feito no último dia 23, aconteceu porque todas as normas foram atendidas pela empresa requerente, a D.M Nunes – ME. A licença tem validade de dois anos e as atividades serão desenvolvidas no quilômetro quatro do Ramal Esperança em Porto Acre. Rômulo lembra ainda que o licenciamento se dá para um ponto fixo. “Se houver necessidade de deslocar o equipamento para outra área, deverá haver novo licenciamento”, ressalta.

O diretor técnico do Imac, Paulo Viana, lembra que o objetivo do Instituto, é garantir que a legislação ambiental seja cumprida e que os impactos ambientais sejam míninos. “Nesse sentido as serrarias portáteis são uma inovação, pois garantem agilidade no processo dentro da floresta. Com a economia no transporte e no desdobro da madeira, os planos de manejos comunitários ganham mais força em todo o estado. O objetivo do governador Tião Viana é que mais mil e quinhentas famílias sejam incluídas nos manejos comunitários de madeira”, salienta Paulo Viana.

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