Encontro busca ver como os projetos escolares estão sendo trabalhados nas escolas
Com o objetivo de avaliar as medidas socioeducativas implementadas nas escolas que buscaram, ao longo de 2011, trabalhar com a educação étnico-racial, o Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial do Acre, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), realizou nesta segunda-feira, 28, avaliação com os representantes das escolas envolvidas nas medidas de conscientização.
Através dessa socialização, busca-se avaliar como os projetos escolares estão sendo trabalhados e se eles estão interagindo positivamente na formação do tema “igualdade” para os alunos, além de incentivar a expansão desse tipo de projetos escolares para outras instituições.
Silvanira Teixeira, coordenadora da Escola de Ensino Infantil Bem-Te-Vi, acredita que os trabalhos realizados em sua escola ajudam na adequação do pensamento de união entre as crianças desde cedo, ultrapassando barreiras retrógradas como a do preconceito. “Tivemos dois projetos com a temática étnico-racial: o Projeto Eu e Minha Família, no qual trabalhamos a vida da criança e suas relações dentro e fora de casa, e o Projeto África Está em Nós, que contou com danças e estudo da cultura afro-brasileira”, lembrou.
Representando o Fórum de Educação Étnico-Racial, Almirinda Cunha explicou que é necessário orientar não só os estudantes, mas os professores também, para que eles consigam transmitir os verdadeiros objetivos dessas ações. “A sensibilização dos professores é uma de nossas metas iniciais, pois o educador deve ser capaz de sensibilizar seus alunos.
Também esperamos expandir esses projetos para o máximo de escolas possíveis no próximo ano, já que Rio Branco ainda conta com apenas 30% de instituições com alguma medida socioeducativa dentro deste tema.”
A Lei 10.639/2003 também foi lembrada e debatida no encontro, que inclui o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e outros tópicos dentro do ensino regular, procurando trabalhar e diminuir as várias formas de preconceito presentes na sociedade.
O secretário de Estado de Educação e Esporte, Daniel Zen, lembrou que todos devem promover o que a lei também promove: a conscientização. “Muitos buscam formas de fortalecer as medidas que buscam um mundo mais igualitário e isso se faz dentro e fora da sala de aula”, destacou o secretário.