Entidades se reúnem em audiência pública para discutir trabalho infantil

(Foto: João Roberto Ripper)
O Brasil tem alto índice de trabalho infantil (Foto: João Roberto Ripper)

A erradicação do trabalho infantil foi tema de audiência pública realizada nesta quinta-feira, 18, em Rio Branco, no auditório do Senac. Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público Estadual, secretarias de estado e do município, conselheiros tutelares e sociedade civil debateram estratégias de prevenção e combate à exploração ilegal de crianças e adolescentes.

Na ocasião, foi lançada a campanha “Não ao Trabalho Infantil, Sim à Educação de Qualidade” e “Não Compre. Não Alimente esse Ciclo de Pobreza”. Um kit com material gráfico, como cartilhas, folhetos e cartazes foi distribuído no intuito de disseminar informações sobre a situação do menor trabalhador.

Para a diretora de Políticas de Assistência Social da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Claudia De Paoli, o governo do Estado tem acompanhado, capacitado e monitorado os trabalhos executados pelos municípios no combate ao trabalho infantil.

Segundo ela, dados do IBGE denunciam que no Acre 13 municípios têm incidência de trabalho infantil. Nesses locais, foram registrados 9.500 casos. “Para reverter o quadro, estado e municípios estão elaborando um plano”, destacou Claudia.

Diversas entidades estiveram representadas no encontro (Foto: Edna Medeiros/Secom)
Diversas entidades estiveram representadas no encontro (Foto: Edna Medeiros/Secom)

Para a secretária municipal de Cidadania e Assistência Social, Dora Araújo, o tema do trabalho infantil é muito complexo. Ela afirma que, ao longo dos anos, mitos como o de que a criança tem que trabalhar para não roubar prevalecem até hoje. “Convencer a família de que lugar de criança é na escola não é fácil. A sociedade tem que se voltar contra o trabalho infantil”, alertou.

Ubirajara Albuquerque, da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público do Acre falou que o engajamento da sociedade no combate ao trabalho infantil é essencial. “Nossa intenção é traçar ações estratégicas para rompermos o processo de exploração infantil até 2016”, observou.

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