Parceria entre governo e produtores muda a vida no campo

Na propriedade rural já existem 40 hectares de mandioca. Mais 20 já estão sendo preparadas para plantio (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Na propriedade rural já existem 40 hectares de mandioca. Mais 20 já estão sendo preparados para plantio (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

A parceria entre o governo do Acre e os produtores rurais tem mudado a vida de quem tira da terra o seu sustento. Pelo Estado se espalham exemplos onde essa parceria tem proporcionado aumento da produção e melhoria na qualidade de vida dos agricultores.

Um deles vem do Projeto de Assentamento Caquetá. No Ramal Progresso, no quilômetro 75 da BR-364, Mário Pertuzzatti encontrou no Acre as condições ideais para fazer o que sempre sonhara: viver da produção agrícola.

Nascido no Rio Grande do Sul, escolheu há 25 anos o Acre para morar e produzir. O produtor rural decidiu apostar no plantio de mandioca. Hoje, já são 40 hectares produzindo e mais 20 sendo preparados para a plantação.

Pertuzzatti consegue produzir 350 sacas de mandioca em um hectare. A produção total em um ano supera as 800 toneladas.

Plantadeira do governo do estado auxilia produtor para aumentar produtividade de mandioca na região (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Plantadeira do governo do Estado auxilia produtor a aumentar produtividade de mandioca na região (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

 

Outro fator que consolida a produção do agricultor é a comercialização. Ele fornece a mandioca para uma fábrica que produz goma, distribuída nos supermercados de Rio Branco. Por mês, um contrato estipula a entrega de 15 mil quilos de goma. Para conseguir essa produção são necessários 45 mil quilos de mandioca. “Quando comecei a plantar mandioca, até me chamaram de doido. Hoje, em uma hectare, eu consigo um lucro de cinco mil reais – muito mais do que obteria com a criação de gado. Estou muito satisfeito com a minha produção”, afirma o agricultor.

Parceria e tecnologia

O crescimento na produção é resultado da parceria com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), que cedeu uma plantadeira que realiza em um dia de trabalho o serviço que, feito de forma manual, demoraria cerca de 30 dias para ser feito.

“Sem tecnologia é impossível produzir uma escala maior. Tenho o apoio do governo e também minhas máquinas, que consegui financiar. Se todo mundo se ajudar, a produção do Acre vai crescer cada vez mais”, destaca Pertuzzatti.

O diretor de mecanização agrícola da Seaprof, Frederico Ozanan, acompanhou o trabalho realizado pelos equipamentos da secretaria na área do produtor rural. “Esse é o objetivo da Seaprof. Estimular para que o agricultor familiar possa crescer e aumentar sua produção. Nosso interesse é ser o alicerce de quem produz no Acre”, afirma.

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