Governo do Acre promove curso de piscicultura para jovens de comunidades rurais

Educandos vivenciam atividade dentro dos princípios agroecológicos

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Os educandos visitaram experiências de piscicultura bem sucedidas que estão sendo realizadas em comunidades do município de Bujari (Foto:Assessoria IDM)

O governo do Acre, por meio do Instituto Dom Moacyr, oferece na Escola da Floresta Roberval Cardoso, o Curso de Agentes em Desenvolvimento Comunitário (ADC) com habilitação técnica em agroecologia. O curso, que é voltado para jovens de comunidades rurais do Estado, e possui no currículo a competência piscicultura que é composta por aulas teóricas e práticas.

A atividade de Piscicultura apresenta habilidades como: Implantar sistemas de produção de peixes adaptados à realidade local, orientar na construção de tanques e açudes e orientar o manejo. Ao término do curso o técnico estará apto para: produção de peixes; em cultivos, desde a produção de alevinos, engorda, processamento até a comercialização e distribuição dos produtos para o mercado consumidor; aplicando conhecimentos de tecnologia para gerenciar e explorar de forma sustentável.

Os educandos visitaram experiências bem sucedidas que estão sendo realizadas em comunidades do município de Bujari, com apoio do agrônomo Diogo, da Seaprof; visitaram também a piscicultura Lago do Amapá e Piscicultura Nordeste localizadas no Ramal do Gurgel, no Amapá, onde puderam conversar com piscicultores, engenheiros de pesca e com profissionais que trabalham diariamente com piscicultura, tirando dúvidas e trocando experiências para tornar o Acre uma referência em piscicultura na Amazônia.

“As visitas foram realizadas com o intuito de os educandos visualizarem na prática a atividade vista na teoria. Eles tiveram a oportunidade de verificar a reversão sexual em tilápias com a utilização de hormônios, o abastecimento dos tanques utilizando gravidade. “Fizemos aula prática desde a seleção de matrizes até a produção dos alevinos para comercialização, realizamos o manejo selecionando os peixes de acordo com o tamanho e colocamos em tanques diferentes”. Fomos muito bem recebidos pelos produtores, pelo Professor Antônio Francisco, pelo Agrônomo Geazi Pinto e pela Engenheira de Pesca Izabel Rezende”, conta Ana Paula Menezes, mediadora de aprendizagem.

O Técnico em Agroecologia terá competências para atuar na realidade produtiva rural e urbana, junto à agricultura familiar, entendendo a agroecologia não apenas como base técnica para produção, mas como fundamentação para a manutenção e promoção da vida e da justiça social.

 “É muito boa essa troca de experiências, eles observam na prática o que estudam na teoria. Há algum tempo recebemos estudantes da Escola da Floresta. Nossa atividade aqui é a produção e venda de alevinos. Temos clientes em Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Manoel Urbano, Tarauacá, Rondônia e até no Amazonas”, disse Isabel Resende, engenheira de pesca da Piscicultura Nordeste.

“Acompanhamos todo o processo de seleção de matrizes para a desova, separação de machos e fêmeas, a pesagem, aplicação de hormônio para estimular a desova, tudo! É uma prática bem simples, porém, muito rentável, com grande demanda de encomendas. Aprendi muito com a prática o que só tinha visto na teoria”, finalizou Andrelizia Ramalho, educanda da Escola da Floresta Roberval Cardoso.

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