Pesquisadores defendem a difusão de pesquisas científicas realizadas no Estado

O objetivo é o de evidenciar estudos como instrumento essencial na promoção de políticas públicas adequadas

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2011 (SNCT) continua avançando em trabalhos e debates que se estenderão até o dia 21. O objetivo é o de evidenciar a pesquisa científica como instrumento essencial na promoção de políticas públicas adequadas, além de reforçar a necessidade de sua divulgação em linguagem acessível para a população. No Acre, o ZEE propiciou o cruzamento de análises feitas por cientistas locais com o de pesquisadores provenientes de outras partes do Brasil e do mundo, de maneira a formar uma base de dados de maior abrangência e, portanto, mais eficiente. Atualmente, o que se pretende é a difusão dos resultados e definição de ações localizadas e integradas.

O Acre possui algumas características que o diferenciam do panorama geral encontrado na Amazônia brasileira, como solos que retém pouca água, florestas que enfrentam períodos de secas severas, ciclos de inundação e uma enorme biodiversidade ainda não totalmente estudada. Todos estes fatores somados compõem um quadro sensível às mudanças climáticas extremas que o planeta vem enfrentando, tornando o ciclo de debates imprescindível para uma melhor gestão de riscos em nosso Estado.  

Segundo o professor Marcos Silveira, do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Ufac “este ano estamos avaliando o potencial do Estado frente às mudanças climáticas, o que podemos fazer para minimizar seus impactos e, neste sentido, estamos apostando na geração de informação para a população. Infelizmente, ainda não temos meios suficientemente eficientes para este tipo de divulgação, mas a estratégia, em si, é inovadora, que é a de conseguir envolver a sociedade. As pesquisas de ponta precisam chegar à população já debatidas, trabalhadas e traduzidas por uma linguagem acessível.”

Para Elder Ferreira Morato, Biólogo e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Ufac, “o que está sendo bem interessante é que agora estamos apontando problemas que antes não eram mencionados, como a falta de integração e interlocução entre as instituições no que se refere ao inventário e a utilização da biodiversidade, além da questão de uma divulgação mais eficiente”.

O Analista Ambiental Bruno Siqueira, responsável pelo ZEE do Ministério do Meio Ambiente, também aposta na integração e divulgação de saberes, avaliando que “para implementar de fato o ZEE do Acre, o principal desafio é justamente o de levar este zoneamento ao conhecimento de técnicos e do público em geral, para que estes conhecimentos possam ser internalizados e bem aplicados”.

 

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