O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, recebeu na tarde desta terça-feira, 2, representantes da Cooperativa de Piscicultores do Ramal do Panorama (Cooperama) e da Central de Cooperativa de Piscicultores (Acre Peixes).
O objetivo do encontro é discutir as reivindicações dos piscicultores para o fortalecimento da criação de peixes no Panorama. A comunidade já tem tradição na piscicultura, mas a enchente deste ano deixou prejuízos aos produtores.
Dos 113 tanques para a criação de peixes construídos na comunidade ao longo dos últimos anos, 32 foram atingidos. Alguns foram completamente destruídos pela força da água. Segundo levantamento da Cooperama, os prejuízos foram superiores a R$ 350 mil.
Os produtores de peixe querem recuperar o que foi perdido com a alagação. Uma das alternativas é a possibilidade de ingresso na Acre Peixes. A entidade, com quase 300 piscicultores, faz parte do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia. Quem faz parte da cooperativa consegue adquirir alevinos e ração a preços mais baixos.
“A reunião foi muito produtiva. Esperamos que o mais rápido possível os piscicultores do Panorama estejam com a gente. Cooperativa é assim: todo mundo unido”, destaca Roberto Diógenes, da Acre Peixes.
A Cooperativa dos Piscicultores do Panorama tem hoje 32 cooperados. Até 2016 a previsão é de que a comunidade produza 70 toneladas de peixes.
“Estamos aqui discutindo a recuperação dos tanques que foram afetados pela enchente. A parceria com o governo é fundamental para conseguirmos recuperar os prejuízos e aumentar a criação de peixes”, afirma Socorro Souza, presidente da Cooperama.
Reunião na comunidade do Panorama
Na próxima semana, a Seaprof realiza uma reunião na comunidade para apresentar as parcerias que podem ser desenvolvidas para fomentar ainda mais a piscicultura no Ramal do Panorama. A intenção é trabalhar em parceria para garantir a recuperação dos prejuízos e consolidar a cadeia produtiva da piscicultura no local.
“O que a gente quer é parceria. Mesmo com todas as dificuldades financeiras, nós somos sensíveis à força de vontade que esses piscicultores do Panorama apresentam. Eles já têm tradição na criação de peixes e vamos apoiá-los para que a atividade cresça ainda mais e melhore a qualidade de vida da comunidade”, explica Glenilson Figueiredo, titular da Seaprof.