Depasa alcança números significativos na cobertura e aponta avanços na distribuição
Para acompanhar o processo dinâmico de benfeitorias no interior do Estado, através do crescimento dos programas prioritários do governo, como o Ruas do Povo, melhorias no abastecimento e aumento da distribuição nas redes de acesso à água de boa qualidade, o Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), responsável pelos sistemas de água nos municípios, tem se mostrado firme diante das dificuldades.
Os custos para a estruturação do abastecimento de água de excelente qualidade para a população são muito altos, mesmo assim, os benefícios são indispensáveis, tendo em vista que esse serviço público proporciona uma vida saudável aos cidadãos e influencia na redução do fluxo de pacientes nos hospitais por doenças infecciosas.
Todos os municípios, atualmente, dispõem de água de boa qualidade para o consumo diário. O acesso melhorou – houve avanço significativo de nove mil para 47 mil ligações, e até os municípios mais distantes, que contavam com muitos problemas para a disposição do sistema de água, hoje dispõem de água em tempo integral, como é o caso de Santa Rosa.
Cruzeiro do Sul, um dos municípios mais populosos do Acre, que tanto sofria com a ausência de água, passou por um sistema diferenciado. Para que todos os moradores fossem atendidos com água tratada, foram instalados dois reservatórios (100 mil litros) e estão sendo perfurados nove poços em lugares estratégicos, além de 20 quilômetros de rede de água que estão sendo construídos, com a recuperação, limpeza e manutenção dos reservatórios existentes.
Muitos avanços foram alcançados, mas ainda há muito que fazer. O governo optou por oferecer melhores condições e qualidade de vida ao povo, e com esse propósito está transformando o Acre. Ao todo, são 25 sistemas mantidos pelo Depasa. Além dos municípios, existem mais quatro vilas.
De olho no social
Em nenhum município a arrecadação líquida cobre as despesas correntes, sejam relativas à manutenção de equipamentos, transportes ou aquisição de produtos químicos. Mas o ganho social é muito grande se for levada em consideração a melhoria considerável da qualidade de vida dos moradores do interior.
Para se ter uma ideia dos gastos, uma tonelada de sulfato custa em média 900 reais. Em Brasileia, durante o inverno, o consumo do produto aumenta pelo menos três vezes devido à turbidez da água, que com o volume do rio se torna maior. Assim, nesse período, uma tonelada do produto dura aproximadamente dois dias.
Não é apenas isso. Em Santa Rosa, um dos municípios nos quais o Depasa já consegue abastecer com água em tempo integral, o transporte dos produtos químicos é muito caro porque só se chega de barco, uma viagem que dura muitos dias. Mas valem a pena os investimentos. Lá, são 487 ligações e um volume fornecido de água de 7,5 mil metros cúbicos.
Tarifa defasada
Para se ter uma noção dos investimentos que são feitos pelo governo, a tarifa de água nos municípios do interior custa R$ 0,37. A diretora administrativa e financeira do Depasa, Patrycia Lopes Coelho, diz que em nenhum município a receita líquida é maior do que as despesas, o que não significa que os investimentos não sejam realizados.
"A expansão da rede é realizada em muitos municípios, que contam para isso com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", comenta.
Atualmente, o total arrecadado em todos os municípios chega a aproximadamente R$ 278 mil. Por outro lado, as despesas com energia elétrica chegam a R$ 344 mil, e a despesa com aquisição de produtos químicos é de aproximadamente R$ 121 mil (no verão) e podendo alcançar quase R$ 150 mil no período invernoso. Isso sem falar nas despesas com manutenção e custeio.
O abastecimento com água em tempo integral tem sido um desafio que requer muito da participação do Estado e também da comunidade.