Maradona, um craque de Feijó

Quando a solidariedade faz toda a diferença

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Ao lado do governador Tião Viana, Maradona da Silva se orgulha de ter ajudado a construir as ruas do povo de Feijó (Foto:Sergio Vale)

Ele tem nome de craque. Aos trinta e um anos, ainda tem até jeito de craque. Olhando bem direitinho, é um craque. Não da bola, evidentemente, mas da solidariedade, do compromisso social e do desprendimento. Estamos falando de Maradona Araújo da Silva, que não mora na Argentina, mas no bairro Geni Nunes, na cidade de Feijó.

A vida ele ganha como vigia de uma empresa chamada Construmil, que realiza parte da pavimentação na BR-364. Com uma percepção de coletividade e vendo que a rua onde mora há cinco anos, a Sérgio Araújo, estava uma lástima só, não pensou duas vezes: foi voluntário para ajudar na pavimentação (em tijolos) não apenas dela, mas de outras ruas do bairro.

Maradona diz que teve todos os motivos para não ficar com os braços cruzados. Já estava cansado de no inverno andar com a lama que, segundo ele, chegava ao “mocotó”. Como ele não gosta muito de se sujar, o jeito era andar com uma sacola plástica, que retirava quando chegava ao asfalto.

Não foram poucas as vezes que Maradona pensou em ir embora do bairro. Mas não tinha como. Um terreno mal valia R$ 1 mil, o que não dava para fazer nada. Agora, não. Quem passa pelas ruas do Geni Nunes não percebe apenas a beleza das ruas, mas a valorização imobiliária. “Tem terreno que já vale mais de R$ 10 mil e se for com casa e tudo, passa de R$ 30 mil”, afirma.

Ele não gosta muito de lembrar como era a rua antes. “Era a maior dificuldade.” Para que as crianças pudessem ir à aula, tinha que levar no braço. “Até bicicleta para passar aqui era difícil”, recorda. E foi pensando exatamente em todo esse sofrimento que ele convenceu outros moradores a também ajudar na pavimentação das ruas que está sendo feita pelo governo do Estado com o programa Ruas do Povo.

Mas ele está feliz com o trabalho realizado pelo governo através do Depasa. Não apenas porque o trabalho ficou “uma maravilha”, mas principalmente porque agora o local não vai mais ser chamado de “bairro do Urubu”, já que ali se matava muito boi.

“Agora não vou mais embora, vou ficar aqui para sempre e já estou pensando até em abrir um ponto para melhorar a nossa condição”, afirma. Maradona não é coadjuvante, mas protagonista de uma mudança patrocinada pelo governo que visa exatamente a melhoria da qualidade de vida de cada cidadão.

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