Curso pretende melhorar o conhecimento dos profissionais sobre as especificidades do Acre na cadeia do pescado
Treinar os servidores do Estado, para prestar um serviço de qualidade à população tem sido uma das prioridades do Governo Tião Viana. Seguindo essa determinação, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) está capacitando engenheiros agrônomos recém empossados.
No período de 1 a 5 de agosto, agrônomos da Seaprof lotados nos escritórios da Seaprof nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Capixaba, Xapuri, Sena Madureira, Tarauacá e Manoel Urbano estão participando de curso sobre a construção de tanques e técnicas de manejo do pescado. O curso consiste em visitações nas propriedades onde estão sendo construídos os açudes e em criatórios já consolidados.
De acordo com engenheiro agrônomo Wagner Moura, há dois meses trabalhando no escritório da Seaprof de Epitaciolândia, o curso está suprindo uma carência apresentada na academia. “As disciplinas ministradas na universidade são bastante teóricas, muitas vezes a prática é preterida. Neste curso estamos aprendendo desde a escolha da área para construção de açudes até a despesca”, afirma Moura.
A produtora Maria Marta da Silva, residente no Ramal do Açaí, quilômetro três, município de Porto Acre, tem uma propriedade de 23 hectares. Dona Marta, como é conhecida, é mais uma produtora beneficiada pelo Programa de Desenvolvimento da Piscicultura. Em sua propriedade está sendo construído açude de quatro hectares de lâmina d’água. Ela vem participando dos principais encontros e cursos sobre piscicultura promovido pelo governo do Estado. Esteve presente no I Encontro de Piscicultores do Estado do Acre, que conseguiu reunir mais de 1,2 mil produtores, também participou de um dia de campo no município de Bujari, e já confirmou presença, juntamente com seu filho, em um intercâmbio que será realizado no próximo dia 17, na Vila do V.
Detentora de algumas cabeças de gado, Dona Marta considera que a piscicultura irá alavancar a economia de sua família, ultrapassando rapidamente os ganhos auferidos com o rebanho. “Depois de tudo que vi, tenho certeza que a piscicultura é muito mais do que uma aposta, é uma realidade que está ao alcance de todos os produtores, se cada um fizer a sua parte, juntos seremos fortes”, afirmou.
Juarez Vilete de Freitas, vizinho de Dona Marta, será o próximo a receber as máquinas que irão construir em sua propriedade mais um açude para a criação de peixes. Freitas tem como renda principal os benefícios sociais, a comercialização de pequenos animais e o cultivo de hortaliças. Entusiasmado e ansioso para fazer parte do programa de piscicultura, Freitas considera que a piscicultura se tornará a principal fonte de renda de sua família.
Com o retorno dos técnicos aos seus respectivos municípios, a expectativa é de que haja um número cada vez maior de produtores beneficiados e assistidos pelo Governo do Estado.