Governo também pretende construir dez abatedouros de aves e suínos na região e em outros municípios do Estado
A região do Vale do Juruá tem um dos custos de vida mais altos do Estado. Isso se deve ao valor do frete dos produtos, que em sua maioria vêm da capital, no período de estiagem, ou do Amazonas, quando chegam as chuvas e os rios permitem a navegação de grandes balsas. Em alguns casos, os produtos chegam de avião, o que os encarece ainda mais. O frango, por exemplo, tem um alto preço nos mercados da região. O problema é que no Juruá não existe uma central de incubação que produza pintos de qualidade e contribua para a redução do preço final que chega ao consumidor.
“Nós últimos dias, mandamos 24 mil pintos de um dia para Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves”, declarou o secretário de Agricultura e Pecuária, Mauro Ribeiro. O governo do Estado, no entanto, está resolvendo esse problema com a implantação de uma central de incubação em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Estado e a principal do Vale do Juruá. Além da central, o governo deve construir dez abatedouros de aves e suínos na região e em outros municípios.
A central de incubação e os abatedouros devem custar R$ 3,5 milhões e são parte do empréstimo de R$ 685 milhões que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está liberando para o Acre investir em áreas de infraestrutura viária e urbana, economia e produção sustentável e desenvolvimento do setor industrial.
Os recursos devem ser liberados até o mês de setembro. “Essa é uma demanda das comunidades produtoras que estamos atendendo e que fazem parte das propostas do governador Tião Viana para o Estado, tendo sido elaboradas quando ele ainda era senador”, revelou o secretário.