Governo do Estado conhece em São Paulo ações de enfrentamento à violência contra a mulher

Rede Iluminar de Campinas é referência nacional em políticas de gênero

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A visita foi realizada pelas equipes da SEPMulheres e Coordenadoria da Mulher em Rio Branco, nos dias 8 e 9 deste mês (Foto: Assessoria SEPMulheres)

A visita foi realizada pelas equipes da SEPMulheres e Coordenadoria da Mulher em Rio Branco, nos dias 8 e 9 deste mês. O objetivo principal foi o de conhecer a experiência da Rede Iluminar de Campinas, (SP) referência nacional no atendimento à violência doméstica e sexual contra a mulher, criança e adolescente no Brasil.

A coordenação da Iluminar conseguiu resultados concretos: 100% das vítimas de violências sexual e doméstica são atendidas em no máximo 72 horas, incluindo os atendimentos emergenciais de saúde, segurança e os encaminhamentos para o restante dos serviços conforme as necessidades de cada caso. A Rede Iluminar garante que a saúde seja a porta de entrada para o atendimento de todas as vítimas.

A SEPMulheres pretende impulsionar as Redes de Cuidados do Estado com os comitês articuladores das Redes Reviva, de Rio Branco, e Reviver, do Vale do Juruá, tendo como referência as ações realizadas pela Rede Iluminar, de Campinas. Para isso, é necessário organizar nas regionais do Estado os Protocolos Intersetoriais de Atendimento dos serviços envolvidos nesse processo.

“Esses documentos servirão como parâmetro para iniciar um processo de capacitação de todos os serviços para falarem a mesma língua e conhecerem todos os procedimentos de atendimento e encaminhamento. Isso vai permitir o monitoramento e avaliação dos atendimentos por parte dos gestores e dos Conselhos de Direitos”, disse a coordenadora do Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da SEPMluheres, Joelda Pais.

“A intenção da visita técnica ao programa Iluminar Campinas é trocar experiências para consolidação da Reviva e Reviver no Acre e estimular os municípios a organizarem suas redes de violência com parcerias e ações, para, assim, termos resultados positivos”, ressaltou a secretária da SEPMulheres, Concita Maia. “A Rede Iluminar nos recebeu de braços abertos e nos mostrou suas atividades para que possamos usar como exemplo no nosso Estado”, completou Concita.

Rede Iluminar

O programa Iluminar Campinas cuida das vítimas de violência sexual e tem como objetivo principal tirar as vítimas da solidão e escuridão no momento de grande trauma, além de prestar auxílio aos profissionais e às pessoas que cuidam das vítimas.

O Iluminar Campinas teve início em 2001, a partir de um financiamento do Ministério da Saúde e execução das secretarias municipais de Saúde, Educação, Assistência Social e de Segurança Publica, em parceria com a Cemicamp/Unicamp. O programa inclui no atendimento crianças, adolescentes e homens, pois a maioria dos programas destina-se apenas a mulheres. Trabalha com rede de serviços interligados com fluxos definidos. Garante o transporte das vítimas pela Guarda Municipal e tem um sistema de notificação compulsória dos casos via internet.

Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

É uma iniciativa do governo do Estado para prevenir e enfrentar todas as formas de violência contra a mulher em um conjunto de ações que são desenvolvidas desde 2009. O pacto tem como objetivos específicos garantir o acesso à mulher em situação de violência ao atendimento integral, com qualidade e respeito a sua autonomia, e promover ações que trabalhem a mudança cultural, a partir da disseminação  de atitudes igualitárias, valores éticos e respeito à diversidade, com o intuito de construir uma cultura de paz.

Como resultados do Pacto, foram criados as Redes de Cuidados no Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Rio Branco (Reviva), de Cuidados no Enfrentamento à Violência Doméstica e Sexual do Vale do Juruá (Reviver) e, ainda, o Seminário Trinacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, tendo como principal encaminhamento a formação do Comitê Trinacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, com representantes de instituições e entidades dos três países da fronteira MAP – Madre de Díos (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia).

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