Ações visam conscientização da comunidade e bloqueio da transmissão
Nesta quarta-feira, 13, quatro técnicos do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), foram até Xapuri e lá permanecem por três dias para assessorar o município nas ações preventivas e de bloqueio da transmissão da hepatite A. Entre os profissionais estão técnicos de vigilância epidemiológica, educação em saúde e mobilização social e vigilância ambiental.
Desde a semana passada, vinte e três casos de hepatite tipo A foram notificados e 15, confirmados na área urbana de Xapuri. A doença é mais comum em crianças e os principais fatores de risco incluem ausência de saneamento básico e de medidas de higiene.
“É uma ação para identificar o problema que está causando esse surto e assessorar o município quanto à prevenção e bloqueio da transmissão. Vamos mobilizar a comunidade com visitas casa a casa, orientando quanto à higiene pessoal e preparo dos alimentos, principalmente os alimentos crus”, esclarece a gerente do Departamento de Vigilância em Saúde, Izanelda Magalhães.
Também será coletada água para análise laboratorial, realizada pelo Programa de Vigilância da Qualidade da Água, e feita limpeza de reservatórios de água. A Vigilância Ambiental deverá intensificar as ações de vigilância da água para consumo humano no município.
Além dessas medidas de prevenção, o Ministério da Saúde indica também que sejam disponibilizados nos banheiros das instituições de ensino e creches papéis descartáveis e sabonete líquido para a higiene dos alunos e funcionários, bem como copos descartáveis nos bebedouros.
Recomendações para as ações da Vigilância em Saúde:
– A Vigilância Epidemiológica do município deverá investigar os casos, tendo como instrumento a ficha de investigação epidemiológica, avaliar a distribuição temporal dos casos por sexo, faixa etária e área geográfica, percentual de casos notificados e investigados; investigação dos comunicantes.
– Coleta de amostra de sangue dos casos suspeitos para analise laboratorial.
– Providenciar coleta de amostras de água na escola.
– Observar as condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental.
– De posse dessas informações, deve-se proceder à análise com vista a identificar a possível fonte de infecção.
– Realizar parceria com o Núcleo de Educação e Saúde da Vigilância Sanitária e Ambiental, para divulgar medidas de prevenção e controle.
– Elaborar relatório da investigação do surto e encaminhar às autoridades envolvidas, para que possam verificar a eficácia das mesmas.
Outras medidas preventivas para desinfecção da água e alimentos, que deverá ser intensificadas nas ações da Vigilância em Saúde
– Quanto ao procedimento de desinfecção dos alimentos que são consumidos crus (verduras, frutas, legumes), deverá ser utilizada imersão durante 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (02 gotas para cada litro de água).
– Para cloração (desinfecção) da água, utiliza-se de 1 a 2 gotas de hipoclorito (água sanitária) a 2,5% para cada litro de água.
– Na água proveniente da rede de distribuição, a concentração de cloro residual deverá ser de no mínimo 0,2 a 0,5mg/l.