As residências serão voltadas para pessoas de baixo poder aquisitivo, com renda familiar de zero a três salários mínimos
O governo do Estado vem investindo fortemente em habitação para reduzir o grande déficit que existe na capital e no interior. Até o fim de 2014 haverá ainda mais investimentos. O governo do Estado deve construir cerca de 12,9 mil unidades habitacionais na capital e no interior, como parte do programa Minha Casa, Minha Vida. Serão 10 mil casas em Rio Branco, 2,4 mil casas no interior e 500 outras para abrigar famílias que vivem hoje em áreas alagadiças.
A construção dessas casas vai reduzir em 36% o déficit habitacional do Estado. Os recursos – um total de R$ 10 milhões – são provenientes de empréstimo contraído junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco deve liberar até o mês de setembro R$ 685 milhões para obras na área de infraestrutura viária e urbana, economia e produção sustentável e desenvolvimento do setor industrial. Também serão utilizados outros R$ 700 mil, que são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), executado pelo governo federal.
Em Rio Branco, as casas devem ser construídas em uma única área, formando assim um grande complexo residencial com 10 mil unidades, o que pode abrigar cerca de 50 mil pessoas. A área para a construção das habitações já está sendo adquirida pelo governo do Estado. O projeto para a obra também já está sendo elaborado e a previsão é de que as casas sejam concluídas e entregues à população até o fim do ano de 2014.
“As casas serão construídas todas em um único local, formando praticamente uma cidade. E se formos analisar as áreas urbanas das cidades acreanas, essa poderia ser a terceira maior cidade do Estado”, comparou o secretário de Obras, Wolvenar Camargo. Na região em que as casas serão construídas, vão ser feitas obras de infraestrutura urbana, com a construção de vias de acesso com pavimentação asfáltica, adutora de água e rede coletora de esgoto. “Essa ‘cidade’ será construída em uma área onde a gente possa ter vias estruturantes que facilitem o sistema viário e um solo com qualidade mais resistente e que possa estar numa região próxima das jazidas de material, o que nos possibilite a redução do custo da infraestrutura”, explica o secretário.
Segundo Camargo, as residências serão voltadas para pessoas de baixo poder aquisitivo, com renda familiar de zero a três salários mínimos. “A gente está fazendo um projeto no qual colocaremos essas pessoas numa localidade que tem condições de conforto em termos de urbanismo e em termos de unidade habitacional, numa condição que leve em conta todas as preocupações acerca de segurança, de saúde, de educação, de esporte, de cultura e de transporte coletivo.”