Projeto Poronga amplia práticas metodológicas de professores

Em dez anos de atuação no Acre, programa já beneficiou mais de 18 mil estudantes

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Utilizando metodologias diferenciadas e produtivas, os professores do Projeto Poronga conseguem estimular os alunos (Foto: Mardilson Gomes)

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As competências exploradas durante a formação foram a produção textual, a leitura e a escrita (Foto: Mardilson Gomes)

Utilizando metodologias diferenciadas e produtivas, os professores do Projeto Poronga, Programa de Aceleração da Aprendizagem do Ensino Fundamental de 5ª à 8ª série, concluíram nesta sexta-feira, 8, a segunda capacitação de 2011. Essa etapa reuniu 72 professores que trabalharam em sala as disciplinas de geografia e matemática. A capacitação ocorreu simultaneamente nos municípios de Brasileia, Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá.

As aulas, ministradas por quatro professoras-formadoras, têm como referencial metodológico os cardemos do Telecurso 2000, com embasamento teórico e auxílio de recursos audiovisuais, que buscam o equilíbrio da teoria com a prática, trabalhando com dinâmicas construtivistas e incentivando o exercício da cidadania. O próximo módulo, previsto para outubro deste ano, trabalhará com as disciplinas de inglês e história.

As competências exploradas durante a formação foram a produção textual, a leitura e a escrita, que, de acordo com uma das formadoras, Antônia Roneide, permeiam o projeto todo, independentemente da disciplina abordada. “Trabalhamos com a interdisciplinaridade, além de disponibilizarmos recursos para os professores, como kits compostos por jogos e livros didáticos e paradidáticos. Tentamos mostrar que o principal objetivo do projeto é despertar o potencial de cada aluno”, diz Antônia Roneide.

Para os professores, esse também parece ser o principal objetivo do programa. Segundo a professora Ana Cláudia, que atua há sete anos no Poronga, cabe ao professor adaptar o que foi aprendido em sala de aula, buscando passá-lo aos alunos da melhor forma possível. “Como mediadores do conhecimento, é necessário criarmos uma conexão com os alunos para um melhor aproveitamento”, explica.

A oportunidade é aproveitada para que ocorra a troca de ideias entre os profissionais, que buscam adaptar as formas de ensino para cada aluno. Vera Lima, que também participa da formação, diz que é preciso auxiliar os alunos não apenas no tocante às aulas, já que, além da distorção idade/série, os estudantes muitas vezes sofrem com problemas de baixa autoestima. “Tentamos fazer com que nossos alunos se pronunciem, falem por si mesmos. No Poronga, não existe superioridade entre professores e alunos: nós nos vemos de modo igualitário”, conta a professora.

Para a coordenadora do programa no Acre, Emilly Areal, o Projeto Poronga, que completou dez anos em 2011, é uma oportunidade de reverter a situação da distorção idade/série, fazendo com que se construam os meios de avanço educacional para os alunos. “Nós acreditamos na capacidade de o ser humano elevar a autoestima de alguém que parou de sonhar. O projeto permite que as pessoas sem perspectivas possam tê-las novamente”, afirma.

O Projeto Poronga atende atualmente 4.270 alunos, em 122 telessalas, distribuídas em Rio Branco e nos municípios. Nesses dez anos de atividade no Estado, mais de 18 mil alunos conseguiram sair da distorção em que se encontravam. O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

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