No último dia do evento, o público lotou a Arena dos Folguedos para assistir à premiação das quadrilhas vencedoras do concurso estadual
O 13º Arraial Cultural alcançou o sucesso esperado de público, organização e segurança. Os números divulgados pela coordenação apontam que cerca de 90 mil pessoas circularam pelo espaço da Amadeo Barbosa durante os sete dias de realização do evento, considerado um dos maiores do calendário artístico-cultural acreano.
No domingo, 26, último dia do evento, o público visitante chegou a 25 mil. As pessoas lotaram as arquibancadas da Arena dos Folguedos com a apresentação e premiação das três quadrilhas vencedoras: Malucos na Roça (1º lugar), Escova do Banguelo (2º lugar) e Unidos do Fuxico (3º lugar). Foram premiados também a Rainha Caipira, o Melhor Noivo, a Melhor Noiva, Personagem Destaque e Melhor Animador. A programação foi recheada com a apresentação das Pastorinhas, Quadrilha Xiado na Chinela, do grupo de idosos do Lídia Hammes, e a Quadrilha da Terceira Idade do Sesc -Acre.
 |
 |
 Dircinei Souza, presidente da Fundanção de Cultura Elias Mansour fez a entrega da premiação da Quadrilha Malucos na Roça, a primeira colocada na competição (Foto: Val Fernandes) |
Dircinei Souza, presidente da Fundanção de Cultura Elias Mansour fez a entrega da premiação da Quadrilha Malucos na Roça, que recebeu um cheque no valor de R$ 5 mil e uma viagem a Recife com ônibus fretado onde irá participar do Festival Nacional de Quadrilhas, no mês de julho.
“O governo do Estado tem incentivado cada vez mais esse grande projeto que é o Arraial Cultural, permitindo cada vez mais a revitalização e valorização da cultura popular no Estado. Através das diferentes linguagens artísticas-culturais, conseguimos atrair um grande público para a [Avenida] Amadeo Barbosa. Reunimos vários artistas acreanos, que se revezaram em apresentações de forró, manifestações populares e outros, além dos shows dos acordeonistas Chico Chagas e Adelson Viana. Com o Encontro dos Sanfoneiros, valorizamos músicos de vários municípios, o que para nós serviu como preparação para a homenagem ao centenário do grande Luis Gonzaga, no Arraial Cultural 2012”, declarou o dirigente da FEM.
Amor e fé – A Malucos na Roça foi fundada em 2002 por cinco amigos: Novo, Mayke, Neiz, Soró e Anael, todos movidos pela vontade de trabalhar com a comunidade do bairro Cidade Nova, principalmente com os jovens em situação de risco social, desenvolvendo projetos sociais. A Malucos possui 48 brincantes. Coordenada há seis anos por Danilo dos Santos Guimarães, a Malucos na Roça vem se fortalecendo a cada ano e, dessa forma, conseguindo expressivos resultados nos concursos de que participa.
“Pelo trabalho que o grupo vem desenvolvendo nesses últimos tempos, acreditávamos que poderíamos chegar a ser uma das vencedoras do concurso. Trouxemos como tema Fé e Amor. O amor é capaz de superar e vencer tudo. Esse tema fez com que o grupo entrasse em harmonia e sintonia, foi quando sentimos que agora era a nossa hora. O tema veio para selar um ato de amor”, comenta Guimarães, acreditando que a Malucos na Roça poderá fazer bonito no Concurso Nacional. “Tentaremos vencer pela emoção. Acreditamos que no ser humano estão faltando a emoção e a sensibilidade. Vamos amadurecer para fazer bonito e, com amor, ganhar o festival para o nosso Acre.”
Para o coordenador, o fomento que o governo do Estado tem proporcionado nos últimos 13 anos vem contribuindo no fortalecimento da cultura popular junina. “É um incentivo que não tem palavras. Se hoje ele não apoia, não temos para onde correr. Esse grande apoio, esse cuidado com toda a estrutura e o tratamento que é dado a todos os grupos contribuem, e muito, para nossa cultura popular. O importante também é que fortalece o trabalho que desenvolvemos com jovens, o que muitas vezes os impede de cair na marginalidade. É o maior concurso de nossa cidade, uma festa das comunidades dos diversos bairros de Rio Branco. Estão todos de parabéns: todos os grupos, a organização e o governo do Estado.”
Sucesso de público – Aurimar Fedélis, presidente da Liga das Quadrilhas, acredita que o povo que compareceu durante toda a semana é que deu a resposta para o sucesso do evento. “Para nós, quadrilheiros, o saldo foi positivo. O termômetro foi o povo. O Arraial Cultural agrega muitas riquezas. A cada ano vemos que o governo do Estado investe com a preocupação de revitalizar a cultura popular. Isso para as quadrilhas é maravilhoso, pois elas têm que mostrar o melhor no conjunto – do casamento ao figurino. E já podemos notar que elas estão atentas nesse sentido”, declarou.
Após a premiação, as três quadrilhas se apresentaram na Arena dos Folguedos, levantando a plateia a aplaudir cada performance.
Forró para todos – Um dos espaços mais frequentados durante toda a semana, principalmente pelos amantes dos ritmos de forró, foi o Saudades do Seringal. Animado por vários grupos de forró, o espaço recebeu no último domingo Monteirinho & Os Bangunceiros do Forró e a Caravana do Pecado, com a participação especial dos sanfoneiros convidados Pedro Sabiá (Rio Branco), Aldeci Lima (Sena Madureira), Nilton Bararu (Rio Branco) e Machadinho (Feijó).
O arrasta-pé contou ainda com as bandas Forró Bom Gostosinho e Companhia do Chalé. Promovido pelo governo do Estado, através da Fundação de Cultura Elias Mansour e o apoio da prefeitura de Rio Branco e da Liga das Quadrilhas Juninas do Acre, o 13º Arraial Cultural foi encerrado com uma espetacular queima de fogos, comprovando ser um dos grandes eventos de expressão das diversas manifestações populares no Acre.
