Lideranças dos povos indígenas expressam preocupação com a segurança de etnias em Santa Rosa do Purus, na fronteira do Brasil com o Peru. Nos últimos três anos, quatro índios foram assassinados no município, causando inquietação à comunidade indígena e ao poder público.
O assunto foi tratado nesta segunda-feira, 16, com o secretário adjunto de Ação Social da Secretaria de Segurança, Vanderlei Thomas, e pelo assessor de Assuntos Indígenas do governo, Zezinho Kaxinawá.
A ideia do poder público é incluir nessa discussão a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério Público e a Polícia Federal. “Nossa preocupação é com a vida das populações. Manter uma política de boa convivência na região é fundamental. Isso passa por uma série de providências, que incluí conscientização e repressão firme”, disse Thomas.
Zezinho Kaxinawá observou que os crimes de homicídios contra índios deram origem a um pedido de mais respeito e punição para os envolvidos nas mortes. “Em alguns casos verificou-se que as vítimas haviam ingerido bebida alcoólica, mas as lideranças acreditam que o preconceito pode ter influência. O estado está tomando as providências, discutindo de forma criteriosa caso a caso”, salientou Zezinho.
O presidente da Federação do Povo Huni Kuin, Ninawa Huni Kuin, uma das principais lideranças dos povos indígenas do Acre, também participou da reunião preparatória e manifestou preocupação com a segurança da tribo.
Outro encontro com lideranças e população indígena está agendado para tratar novamente da temática esta semana, em Rio Branco.