Além de famílias da zona urbana, ribeirinhos também atingidos pela alagação foram beneficiados com alimentos e roupas
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Além de alimentos e mais de três mil peças de roupas e sapatos que foram distribuídos, as comunidades ribeirinhas também tiveram acesso a serviços médicos e de assistência social (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
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Depois de atender famílias abrigadas no Parque de Exposições durante a alagação, doando fraldas, massa de mingau e leite em pó, a campanha Acre Solidário, realizada pela primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, envolvendo o governo do Estado, prefeitura de Rio Branco, instituições, empresários e a sociedade civil organizada, possibilitou que cada uma das 658 famílias, ao sair do abrigo, voltasse para suas casas com uma cesta básica e um kit limpeza.
A campanha que encerrou a entrega de donativos no último sábado, 21, foi além, possibilitando que cerca de 400 famílias que saíram de suas casas e se abrigaram nas casas de parentes, com ajuda do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, também recebessem cestas básicas, graças às doações da população.
A solidariedade foi tamanha que permitiu que ribeirinhos da zona rural da capital também atingidos pela cheia do rio fossem beneficiados.
Afinal, eles vivem da produção agrícola, que foi bastante prejudicada com a alagação. No Barro Alto, Catuaba, duas ações foram realizadas envolvendo 14 comunidades ribeirinhas, beneficiando com cestas básicas 490 famílias.
Mais que alimento – Além de alimentos e mais de três mil peças de roupas e sapatos que foram distribuídos, as comunidades ribeirinhas também tiveram acesso a serviços médicos e de assistência social. Eles puderam realizar consultas médicas de rotina, além de exame de Preventivo do Colo de Útero (PCCU), teste de AIDS, vacinação, disposição a 209 itens de medicamentos e um tratamento odontológico completo, desde a aplicação de flúor, restauração, extração, limpeza de tártaro, ensinar a escovação correta e entrega de kits dentais com escova e pasta de dentes.
“Foi importante realizarmos essa ação também aos atingidos de áreas ribeirinhas, porque eles tiveram suas plantações prejudicadas com a alagação, que é de onde tiram o sustento da família”, comenta Marlúcia Cândida.
Cidadania – Junto ao atendimento médico e odontológico, os moradores das comunidades também puderam fazer cadastro no Bolsa Família, além de atualizar os dados dos já inscritos. A prefeitura e o governo também disponibilizaram através de técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura e Produção Familiar (Seaprof) e Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta (Safra), um espaço para ensinar aos produtores rurais sobre mecanização e técnicas agrícolas. Tudo isso junto a apresentações culturais e um local de leitura especial destinado às crianças.
Solidariedade – As fraldas, leite, feijão, arroz e açúcar que ainda restaram depois destas entregas, foram enviadas para o Educandário Santa Margarida, Lar Ester, Lar dos Vicentinos, Comunidade São José, Associação Beneficente Coração de Jesus e Lar Espírita. Os 13 colchões doados à campanha também foram entregues às seguintes instituições sociais: Lar Ester, Lar dos Vicentinos e Lar Espírita.
“Primeiro nós procuramos dar a assistência emergencial às pessoas vítimas da alagação. No segundo momento, começamos a distribuir as doações após elas voltarem para casa. Agora, distribuímos essas últimas levas de doações para os moradores das comunidades ribeirinhas que também foram afetados”, explicou o coronel Oliveira, que coordena a Defesa Civil do estado e trabalhou em todas as etapas da campanha.
As doações feitas ao Acre Solidário possibilitaram uma arrecadação e distribuição de cerca de 40 toneladas de donativos, entre alimentos e roupas.
