Governo desenvolve política permanente de segurança alimentar, crédito e assistência técnica
Em Rio Branco são 10 mil pessoas atendidas por creches, casas de recuperação, abrigos, igrejas e mesmo associações de portadores de doenças como a hepatite e que tem acesso à alimentação através do Programa Compra Direta da Agricultura Familiar com Doação Simultânea. Do outro lado estão 60 produtores familiares, que abastecem as despensas dessas entidades com 58 produtos da agricultura familiar e também são beneficiados com o programa. Os alimentos são entregues na Ceasa e distribuídos a entidades beneficentes.
A modalidade Compra Direta da Agricultura Familiar com Doação Simultânea é desenvolvida pelo governo do Estado, através da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os recursos para 2011 e 2012 já estão garantidos e chegam a R$ 6 milhões. Catorze municípios estão participando.
Os produtos adquiridos e distribuídos às entidades destacam-se pela qualidade e aceitação junto aos beneficiados – maracujá, limão, laranja, alface, repolho, couve, cebolinha, batata-doce, macaxeira, pé-de-moleque, abóbora, banana, couve e cheiro-verde. No total, são 58 produtos.
“Hoje toda a alimentação que oferecemos às crianças vem dessa doação do governo”, diz Maria Julia de Oliveira, que dirige a creche Coração de Jesus, no bairro Ayrton Senna, em Rio Branco. São 70 crianças oriundas de famílias carentes da região que passam o dia na creche.
A assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) Vanda Matos explica que as entidades são selecionadas com critérios que garantem a seriedade do programa e que busca a emancipação das pessoas atendidas. “O programa fortalece tanto o agricultor como as famílias em vulnerabilidade”, explica.
{xtypo_quote_right}O preço é bom. Não nos preocupamos com atravessador e fazemos a entrega diretamente aqui na central{/xtypo_quote_right}O coordenador do programa no Estado, Carlos Pinheiro, diz que, além de ser um reforço para uma alimentação mais saudável de crianças, adolescentes, idosos e pessoas assistidas por essas instituições, também tem a vantagem de o produtor poder vender até R$ 4,5 mil ao ano e o valor pago pelo alimento é o do mercado local, definido após levantamento em três estabelecimentos da cidade.
“O preço é bom. Não nos preocupamos com atravessador e fazemos a entrega diretamente aqui na central”, comenta Aldenira Pereira da Silva, produtora do Polo Agroflorestal Geraldo Fleming. Ela afirma que o programa veio para ajudar. "Antes, eu tinha que ir para as feiras arriscar vender ou não. Agora o faturamento está bem melhor.”
Mariano Antônio da Costa é presidente da Associação dos Portadores de Hepatite do Acre e conseguiu que a entidade seja beneficiada pelo Compra Direta. “O portador de hepatite precisa fazer uma dieta rigorosa à base de frutas, legumes e verduras. Não é fácil principalmente se o portador da doença for o chefe da família”, explica. Os produtos recebidos são distribuídos a 100 pessoas atendidas pela associação.