Bujari se consolida como produtor de peixe e inicia Feira de Pescado

Sétima edição do evento é realizada em parceria com governo estadual e governo federal

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A sétima Feira do Peixe de Bujari começou no último sábado, 16, e encerra na próxima quinta-feira, 20 (Foto: Assessoria Seaprof)

A sétima Feira do Peixe de Bujari começou no último sábado, 16, com encerramento previsto para a próxima quinta-feira, 20. A abertura contou com a presença de representantes das instituições parceiras. O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, disse que a Feira do Peixe comprova os bons resultados dos investimento na piscicultura no município.

Através dos números que foram contabilizados pela Seaprof, na qual vem conduzindo os trabalhos no campo até a comercialização do pescado, os resultados são consideráveis. Em 2007, na primeira edição da Feira, foram comercializadas 25 toneladas de pescados. Já em 2008, um aumento para 65 toneladas de pescado, totalizando R$ 316.868,30. Em 2009, na terceira edição, foram comercializadas mais de 80 toneladas de pescado. A receita gerada foi de R$ 477.866,71.

“Comparado com os anos anteriores, é um aumento de 320% no volume de pescado. E estamos contabilizando apenas a comercialização na feira. O pescado do município abastece a capital e ainda é exportado para outros Estados durante todo o ano”, disse o engenheiro agrônomo Diogo Sobreira, técnico do escritório da Seaprof no Bujari.

As principais espécies comercializadas são o tambaqui, tambacu, pirapitinga, curimatã, piau, cará, matrinxã e piabas. Além de verduras, frutas, especiarias de tempero, café da manhã, lanches e almoço. O consumidor tem a oportunidade de comprar o peixe e ainda sair com ele limpo, prontinho para levar para a panela.

Segundo Francisco Chagas, a feira tornou-se uma alternativa para aumentar a renda da família nesse período, pois ele e a esposa trabalham na limpeza do peixe pelo valor de R$ 1. A qualidade do pescado identifica o peixe do Bujari como um dos mais saborosos. “Isso só foi possível graças ao investimento em assistência técnica e em capacitação dos técnicos. Os produtores entenderam a mensagem e fizeram os investimentos necessários”, disse Lourival Marques.

Na sexta edição da Feira do Peixe, no ano passado, foram comercializados em torno de 62 toneladas de pescado, gerando uma receita de R$ 406.794,05. Comparado com o ano anterior, houve uma diminuição na venda do pescado em mais de 22%. “Isso é  justificável por conta das feiras que ocorreram na capital, na comunidade do Panorama e na Ceasa, assim como vários pontos na cidade de comercialização de pescado”, explica Sobreira.

“Isso mostra que a piscicultura é uma atividade de retorno econômico rápido e seguro e que diminui a pressão ambiental nas áreas de reserva. Comparando com outras atividades, o investimento é considerado alto, mas possui uma cadeia produtiva bastante sólida. A piscicultura pode ser tratada como uma atividade que assegura ao produtor tanto a soberania alimentar como também a oportunidade de gerar e complementar a receita dentro da unidade produtiva”, finalizou o secretário Lourival Marques.

Investimento na cadeia produtiva do pescado fortalece produção

Em 2011 foi dado um grande passo para a cadeia produtiva de pescado no Estado do Acre. O governador Tião Viana tem incentivado a piscicultura como uma das atividades prioritárias para o bom desempenho da economia do Estado na zona rural. Este ano o governo já anunciou a construção de um complexo industrial do peixe, com centro de alevinagem, fábrica de ração e frigorífico, totalizando um investimento de R$ 53 milhões. Esses investimentos já acontecem também no campo, onde existem várias patrulhas mecanizadas para a construção de tanques e açudes.

O trabalho é gerenciado pela Seaprof e os técnicos acompanham a construção. A unidade local no Bujari possui um corpo técnico treinado e capacitado para construção dos açudes e criação de peixe.

As construções iniciaram na comunidade do Polo Dom Moacir, e já foram beneficiados 15 produtores com um total de 533 horas/trator, ampliando a lâmina d’água da comunidade para mais de 22 mil metros quadrados. O governo do Estado disponibiliza a máquina e o produtor oferece em contrapartida o óleo e canos para construção das barragens.

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