Poder público e comunidades se unem no apoio aos desabrigados pela cheia do rio Acre

Para atender aos desalojados, a prefeitura de Rio Branco e as prefeituras dos municípios contam com o apoio do governo do Estado e do governo federal

Há mais de duas semanas o rio Acre desabriga famílias. As fortes chuvas nas regiões de cabeceira do rio e nos seus principais afluentes elevaram o nível das águas muito além da cota de alerta, que é de 13,50 metros, e da cota de transbordamento – 14 metros -, alagando bairros nas regiões urbanas e causando prejuízos nas zonas rurais agrícolas das cidades. No seu pico, o rio Acre ultrapassou os 16 metros e desabrigou mais de mil famílias, atingindo mais de 30 mil pessoas só na capital.

Para atender tanta gente, a prefeitura de Rio Branco e as prefeituras dos municípios contaram com o fundamental apoio do governo do Estado e do governo federal. O governador Tião Viana se empenhou pessoalmente no atendimento aos desabrigados e determinou que toda a equipe de governo desse prioridade às vítimas da alagação.

No sexta-feira, 15, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, esteve no Acre prestando solidariedade e garantindo recursos para o atendimento humanitário. Bezerra fez um sobrevoo de helicóptero sobre as áreas atingidas e visitou o parque de exposições, local onde está abrigada a maioria das famílias. Na oportunidade, o ministro anunciou a liberação de R$ 900 mil para o Estado investir no atendimento às vítimas da cheia do rio.

Por outro lado, a sociedade civil organizada também está fazendo sua parte. Pela internet, um grupo de pessoas se mobilizou para arrecadar alimentos e roupas para os desabrigados com o apoio da Campanha Acre Solidário, organizada pela primeira-dama Marlúcia Cândida.

"Fico muito feliz em ver que, além do governo do Estado e da prefeitura de Rio Branco, as pessoas também estão empenhadas em ajudar nas campanhas de arrecadação. Agora vamos para outra etapa, ajudando os ribeirinhos de Rio Branco e outros municípios que também foram afetados pela alagação, doando uma cesta básica para cada família", disse o governador Tião Viana.

No parque de exposições Marechal Castelo Branco, 653 famílias estão abrigadas. Elas devem começar a voltar para suas residências já a partir desta semana, caso o nível do rio continue baixando.

A situação das famílias ribeirinhas também é grave – o rio atingiu grande parte de suas produções agrícolas. 162 famílias necessitam de auxílio só na capital. Em Xapuri são 59, em Porto Acre são 200, em Epitaciolândia são 10, em Sena Madureira são 276, em Assis Brasil são 30 e em Brasileia, 12.

Na segunda-feira, 18, durante o lançamento da Feira do Peixe e da Agricultura Familiar na Ceasa, o governador Tião Viana disse que deve ser feito um trabalho de apoio a essas famílias já a partir desta semana. Viana informou que o trabalho deve começar a partir de Assis Brasil, quando a prefeita Eliane Gadelha fará a entrega de cestas básicas rio abaixo até a cidade de Brasileia.

O mesmo deve ser feito pela prefeita de Brasileia, Leila Galvão, até Xapuri e, dali, o prefeito Ubiracy Vasconcelos segue para fazer a entrega até Rio Branco. Na capital, o governador Tião Viana e o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, devem proceder à entrega das cestas básicas até a cidade de Porto Acre e nas comunidades ribeirinhas.

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