Governo do Estado apoia criação de central de cooperativas de piscicultores

Com investimentos de R$ 53 milhões, o programa tem como meta produzir 20 toneladas de peixes por ano

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A central de cooperativas será a união das entidades e seus associados em um único órgão, que ficará encarregado de representar todos os produtores perante a indústria de pescado (Foto: Assessoria Seaprof)

A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) reuniu no sábado, 2, representantes de cooperativas de piscicultores de Sena Madureira, Rio Branco, Quixadá e Bujari, para apresentar o complexo industrial que será instalado e propor a criação de uma central de cooperativas de piscicultores.

A central de cooperativas será  a união das entidades e seus associados em um único órgão, que ficará  encarregado de representar todos os produtores perante a indústria de pescado a ser criada. O objetivo principal é garantir que os piscicultores possam planejar, junto com o governo do Estado e entidades privadas, as ações e tomar decisões que sejam vantajosas para todas as partes envolvidas.

“Essa central de cooperativas vai representar todos os piscicultores no complexo industrial de pescado que está sendo criado. Eles vão ter voz ativa nas discussões sobre atividades que serão estabelecidas”, disse o secretário Lourival Marques.

Como resultado da reunião, foi criada uma comissão que ficará encarregada de discutir com os piscicultores as principais diretrizes e princípios norteadores da central. Também ficou agendada para a próxima quarta-feira, 6, reunião técnica com a Seção de Associativismo e Cooperativismo da Seaprof, que vai apresentar à comissão as providências necessárias para a criação da central.

A demanda de produtores em busca de informações sobre cooperativismo e associativismo vem crescendo. A Seaprof está visitando vários municípios, promovendo palestras e auxiliando na criação e regularização das cooperativas e associações de produtores rurais.

Cabe à Seaprof promover a assistência técnica e orientar os piscicultores sobre a criação, comercialização e organização comunitária.  Aos interessados em participar do programa, é preciso que a propriedade esteja com a documentação regularizada e tenha participação no programa de certificação da propriedade.

Programa de desenvolvimento da piscicultura no Estado

O programa tem como objetivo desenvolver a atividade no Acre, tornando-o referência na região amazônica. O governo do Estado vai construir toda a infraestrutura necessária. Rio Branco será contemplada com um centro tecnológico avançado de alevinagem, uma fábrica de ração para peixe e um frigorífico, que fará a limpeza, resfriamento, congelamento e filetagem do peixe.

O Vale do Juruá também será  beneficiado com a implantação de um núcleo de piscicultura em Cruzeiro do Sul, com alevinagem e frigorífico. Os empreendimentos representarão polos de atração, beneficiando produtores de municípios circunvizinhos.

Com investimentos de R$ 53 milhões, o programa tem como meta produzir 20 toneladas de peixes por ano, com um crescimento de 30%. Serão priorizadas as principais espécies de peixes no Estado – tambaqui, pintado e pirarucu -, além de espécies secundárias.

Com a meta atingida, serão criados dois mil empregos diretos e cerca de dez mil indiretos, com implantação e implementação de quatro mil hectares de lâmina d’água.

Para o governo do Estado, o fator social é o principal responsável pelos novos rumos da piscicultura no Acre. O programa está fundamentado no bem-estar da população. Aos produtores serão oferecidos desde incentivos à criação de alevinos até melhores condições de comercialização. Os consumidores terão um produto de melhor qualidade, em maior quantidade e durante todo o ano, sem que haja a escassez do produto e a consequente elevação do preço.

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