Dia Mundial da Água

Governo do Estado fortalece seu compromisso com a gestão das águas

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O Acre está inserido na bacia amazônica, que é a maior bacia fluvial do mundo, com uma área de sete milhões de quilômetros quadrados (Fotos: Assessoria Sema)

O Acre comemora o Dia Mundial da Água com o avanço das políticas públicas para os recursos hídricos do Estado. Após cinco consultas públicas nos municípios, nesta quarta-feira, 23, será concluído o processo de validação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PLERH), em Rio Branco.

No entanto, não são todos que se recordam dessa data, como comenta o jornalista Maurício Galvão.“Eu não me lembro de comemorar o Dia das Águas quando eu era pequeno.” Ele tem razão. Muitos devem se lembrar de várias celebrações cívicas na sua infância, mas o Dia Mundial das Águas passou a existir somente em 1993. Em 1992, ocorreu a mobilização internacional “Agenda 21”, logo a Organização das Nações Unidas criou a resolução para que, a partir de então, essa data fosse instituída para promover a conscientização pública.

O que era antes um início de conscientização tornou-se bandeira de luta e trabalho. Atualmente, a preservação dos recursos naturais é uma necessidade mundial. O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Edegard de Deus, explica que o Estado tem muito que comemorar, pois agora conta com instrumentos legais que estruturam novas perspectivas para os recursos hídricos: a implantação do PLERH, a Lei Estadual de Recursos Hídricos e a criação da Câmara Técnica de Recursos Hídricos no Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia.

A construção participativa e as consultas públicas fazem o processo mais democrático, inclusivo e acessível. No dia de hoje o governador Tião Viana assina o decreto de criação do grupo de trabalho para construção do “Programa de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares na Bacia Hidrográfica do Rio Acre”.

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A rede hidrográfica é importante na formação histórica do Acre, primeiramente por ser um importante meio de transporte e, por isso, a maioria dos núcleos urbanos se encontra às margens de rios (Foto: Assessoria Sema)

 

Aquiri

A rede hidrográfica é importante na formação histórica do Acre, primeiramente por ser um importante meio de transporte e, por isso, a maioria dos núcleos urbanos se encontra às margens de rios.

Conta a tradição que, em fins de 1882, exploradores subiam o rio Acre e avistaram uma frondosa gameleira, na margem direita do rio, que lhes chamou a atenção e os levou a abrir um seringal ali mesmo, e esta é Rio Branco, a atual capital instalada no vale do Rio Acre.

O transporte fluvial ainda é um meio utilizado pelas comunidades tradicionais, principalmente nos rios Juruá e Moa, a oeste do Estado, e Tarauacá e Envira, a noroeste. Até pouco tempo era o principal meio de circulação, sobretudo entre novembro e junho, quando as chuvas deixavam intransitável a BR-364, que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul.

O Acre está inserido na bacia amazônica, que é a maior bacia fluvial do mundo, com uma área de sete milhões de quilômetros quadrados. O Estado acreano é dividido em seis unidades de gestão hídrica: Acre-Iquiri, Abunã, Purus, Tarauacá, Envira-Jurupari e Juruá.

O nome do Estado originou-se do nome do rio, que na língua tupi quer dizer “rio verde”. Outra suposição é de que Acre provém de Aquiri, vocábulo do dialeto Ipurinã, derivado de Yasi’ri, Ysi’ri, que significa "água corrente, veloz" 

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Água e o desenvolvimento sustentável

O governo do Estado tem também investido na piscicultura e com o desafio de transformar o Acre no endereço do peixe na Amazônia, a água desponta como vetor de desenvolvimento, pois está avançando em novas possibilidades de geração de renda, por meio do desenvolvimento sustentável.

Outro exemplo de sucesso é “Projeto S.O.S Quelônios”, pelo qual há 12 anos famílias que residem em um trecho do rio Abunã manejam tracajás e iaçás, tendo como produto a preservação ambiental, a conservação das espécies e a segurança alimentar. No próximo sábado, 26, será realizada uma soltura de filhotes com a participação dos parceiros do projeto.

Além desses exemplos de ações institucionais, muitas empresas estão preocupadas em fornecer produtos e serviços que agreguem valor à sociedade. Assim, as posturas sustentáveis têm sido as mais fomentadas, pois trazem benefícios não só para a sociedade, como qualidade de vida, e representam um bom investimento empresarial.

Destacam-se no contexto acreano o programa Águas Brasil, fruto de uma parceria do governo do Estado com a Fundação Banco do Brasil e WWF, e o projeto acreano do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba (CONDIAC), vencedor do edital do Instituto HSBC Solidariedade.

Os projetos trabalham diretamente com microbacias hidrográficas acreanas. O “Águas Brasil” trata da questão dos resíduos sólidos, qualificando coleta seletiva, minimizando o desmatamento e conservarndo rios e igarapés. E o último, desenvolve estudos técnicos na sub-bacia do Igarapé Judia, delineando a vulnerabilidade local, junto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Esses dados vão gerar um programa de adaptação às mudanças climáticas dessa localidade, que permite a gestão adequada e uma base científica para dirigir ações mais eficientes sobre abastecimento e riscos ambientais.

O compromisso com o futuro deve ser uma responsabilidade de todos. O fortalecimento da gestão hídrica, o fomento de ações e projetos se completam com a participação da sociedade e são com avanços que esse Dia Mundial das Águas é comemorado no Acre. 

 

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