Medidas administrativa e disciplinar serão tomadas contra profissionais que faltaram aos plantões no período de carnaval
No fim da tarde desta quinta-feira, 11, a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, foi até a sede do Conselho Regional de Medicina (CRM) levar à presidente do órgão, Dilza Ribeiro, uma notificação dos médicos que não cumpriram seus plantões no período de carnaval.
Ao todo, foram 14 profissionais que em algum momento deixaram de comparecer ao trabalho. O caso mais grave aconteceu na UPA do 2º Distrito na terça-feira, quando três faltaram de uma única vez, prejudicando assim o atendimento à população justamente no momento em que há muitos casos de infecção respiratória e ainda uma epidemia de dengue, apesar da queda do número de casos em 43%.
Porém, no período da tarde, quatro clínicos e três pediatras estavam à disposição. A própria secretária foi uma das que conduziu o atendimento para que tudo se normalizasse o mais rápido possível. “O que aconteceu é completamente o oposto do que este governo propõe, que é a política da resolutividade. Além do CRM, vou pedir a colaboração do Ministério Público para resolver essa questão e para que não volte a acontecer”, esclarece Suely Melo.
A presidente do CRM, Dilza Ribeiro, disse que vai começar a fiscalização e ouvir as justificativas dos médicos para tomar as medidas cabíveis. “Vamos apurar a situação de cada caso”, diz.
“Segundo o Código de Ética, faltar ao plantão é considerado falta grave, por isso, a Secretaria de Saúde vai tomar todas as medidas necessárias e até demitir, se for necessário, porque há casos de reincidência”, enfatiza a secretária.
Na manhã desta sexta-feira, a secretária vai até o Ministério Público pedir medidas administrativa e disciplinar.
Transferência de crianças
Na ocasião, a secretária falou das crianças que foram transferidas da UPA do Segundo Distrito, na madrugada de sexta, para o hospital de Senador Guiomard. "Isso aconteceu porque estamos vivendo um período de gripe sazonal e crise respiratória, e como a unidade estava muito cheia, é mais prudente tirar as crianças de lá”, justificou.
A secretária acompanhou pessoalmente as crianças, que foram levadas num ônibus do Saúde Itinerante, e deixou um carro à disposição para serem levadas em casa depois que tivessem alta, o que aconteceu já no sábado.