Piscicultor do Juruá fica animado com notícias de incentivo à atividade

Chico Branco é especialista na produção de piaus e agora pretende criar também matrinchã

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Piscicultor do Juruá aposta no incentivo do governo para melhorar atividade (Foto: Onofre Brito/Secom)

A piscicultura tem todo o potencial para favorecer o surgimento de uma classe média rural no estado.  O interesse demonstrado pelo governador Tião Viana em apoiar a atividade vem animando os produtores a investir e ampliar o número de tanques. É o caso do produtor Francisco Ferreira dos Santos (Chico Branco). Ele tem uma pequena propriedade nas proximidades da Vila Santa Rosa, às margens da AC-405, cuja especialidade é a produção de piaus. Em 2007, ele recebeu como apoio do governo a capacitação em 14 horas de máquina para ampliar três pequenos poços que já existiam na propriedade. Animado com o resultado inicial, Francisco passou a andar com as próprias pernas; conseguiu financiamentos e foi construindo novos tanques.

Recentemente, ele tirou 1.300 quilos de peixe comercializado na faixa de R$ 9,00 o quilo. No seu planejamento, em agosto fará nova despesca, quando deverá colher 2,5 toneladas e no fim do ano outra despesca do mesmo porte. Por ora, Chico Branco tem seis tanques produzindo, um tanque em construção e ainda uma lâmina de água onde pretende fazer um pesque-pague, iniciando assim a comercialização na propriedade.  Além de aumentar a produção, Chico Branco começou a diversificar e agora também está iniciando o trabalho com matrinchã, uma espécie muito apreciada na região do Juruá.

Fé  no governo

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O peixe é muito apreciado no cardápio acreano. Além de nutritivo, é saboroso (Foto: Onofre Brito/Secom)

Segundo Chico Branco, ele tem acompanhado pelos noticiários a intenção do governador Tião Viana em tornar o Acre um grande produtor de peixe e conta que se animou com a notícia de que será implantada uma fábrica de ração no Acre. Ele acredita que, com a fábrica, a ração vai ficar com preços melhores e poderá  baratear o preço do peixe ao consumidor.

Ele conta que todo dia gasta dois sacos de ração, que é adquirida em Cruzeiro do Sul a preços que variam de R$ 45 a R$ 65 a saca dependendo do tipo. Ela ainda tentou a importação direta, mas concluiu que não vale a pena, pois não conseguiu trazer a ração a preços melhores que o oferecido na praça local.

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