Banco do Brasil, WWF, governo do Estado e prefeitura de Rio Branco são parceiros no programa
O simples fato de separar o lixo e ajudar na coleta seletiva é um grande passo para ajudar a cuidar dos rios. E medidas para recuperar e preservar a bacia do Rio Acre é um dos objetivos do programa Água Brasil, do Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil e WWF, em parceria com o governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco.
O Água Brasil começa a ser executado em todo o país este ano e vai atender cinco cidades e 14 microbacias, entre elas a do Rio Acre. “O Estado foi escolhido porque aqui já são desenvolvidos alguns projetos visando a sustentabilidade. Alguns precisam ganhar volume, já há um trabalho de coleta seletiva e outras questões que qualificam o Acre para fazer parte do projeto”, explicou líder do WWF, Alberto Tavares, o Dande.
No Acre, o programa será executado em duas cidades – uma em Rio Branco e outra em Xapuri. “Em Rio Branco trabalharemos muito a questão do consumo consciente e os resíduos sólidos. Nas demais áreas o foco será a agropecuária sustentável”, explicou Myriam Rocha, da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do BB.
Programas da política ambiental do governo do Estado, como a Certificação das Propriedades Rurais Familiares e o Florestas Plantadas, serão relacionados ao Água Brasil, que também busca o fortalecimento do setor produtivo, desde que com todos os cuidados relacionados à produção sustentável. O diretor de Sustentabilidade do Banco do Brasil, Rodrigo Nogueira, explica que o programa vai buscar um alinhamento com os programas que o governo já desenvolve e os componentes que propõe trabalhar.
“Tínhamos um Estado sem perspectivas e há 12 anos houve um reordenamento. Aumentamos a arrecadação em 45%, fizemos o Zoneamento Ecológico-Econômico, mas a água ficou à margem dessa história e hoje é uma grande fonte de riqueza, vital para a sobrevivência e para os processos produtivos, que precisam ser sustentáveis. A saída para o Acre é desenvolver a economia, e isso pode se dar por meio da água. Temos grande interesse em recuperar e proteger nossas bacias”, disse o governador Tião Viana.
O Acre tem apenas 12% de desmatamento, mas 80% desse total está localizado às margens do Rio Acre. Ao todo, o projeto terá R$ 57 milhões para ser investido em todas as frentes e ainda não está estipulado quanto cada cidade vai receber. Esses custos dependem das avaliações que serão feitas, e os recursos, por enquanto, são do Banco do Brasil e da Fundação Banco do Brasil. Mas temos a possibilidade de captar recursos através de parceiros e da iniciativa privada”, explica Myriam Rocha.
“Essa é uma iniciativa inovadora do Banco do Brasil, que está investindo em projetos com responsabilidade ambiental numa questão em que o Banco é muito próximo: a produção”, comentou o líder do WWF no Acre.